Em 62 dos 184 municípios cearenses há indícios de fraude no programa Bolsa Família. O MP (Ministério Público) Federal no Estado enviou recomendação para esses municípios cobrando uma série de providências para excluir aqueles com renda familiar acima de R$ 100, que é o limite legal estabelecido pelo programa.
Estariam recebendo indevidamente o benefício servidores públicos municipais. As cidades têm até 10 de janeiro para começarem às ações.
Uma das medidas a serem adotadas está um levantamento entre os beneficiários do programa e as demais famílias das cidades suspeitas.
Os que não preenchem os requisitos para obtenção do Bolsa Família serão excluídos, além de terem que devolver aos cofres públicos os recursos recebidos indevidamente.
FAMÍLIAS - No Ceará, o programa atende 903.892 famílias do Estado, liberando mensalmente R$ 70,1 milhões. Aos municípios, o MP solicitou ainda a inscrição dos que não recebem o benefício, mas que preenchem os requisitos em razão da situação de pobreza e extrema pobreza em que se encontram, de acordo com o que ficar verificado no levantamento a ser realizado junto à população.O MP acompanhará todas as medidas a serem adotadas pelas Prefeituras. Para isso, deverão enviar à Procuradoria da República em Sobral, Interior do Ceará, que atua na área abrangida pelos 62 municípios, documentação referente a todas as irregularidades constatadas e às ações fazem parte da recomendação.
GRANJA - Um dos municípios suspeitos de fraude é Granja. Há indícios de que 87 famílias de políticos, empresários e funcionários públicos seriam beneficiadas.A gestora do Bolsa Família em Granja, Roseana Maria Alves de Carvalho, diz que as suspeitas são anterior a entrada dela na coordenação do programa, em fevereiro de 2007.
Ela diz que o município está atendendo às recomendações do MP, fazendo um censo geral no cadastro do programa. Os acusados de receberem irregularmente não quiseram falar sobre o assunto.
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