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Homem de gelo: o herdeiro de Schumi?
Flavio Gomes
Especial para o Diário
18/03/2007 | 20:19
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Quando se dirigia ao Parque Fechado para cumprimentar Kimi Raikkonen pela vitória em sua estréia pela Ferrari, Jean Todt recebeu uma chamada no celular. Era Michael Schumacher, que telefonava para cumprimentar o time. O aparelho foi passado para o finlandês, que disse não ter entendido direito o que o ex-rival falou, porque a ligação estava ruim. Foi assim, via satélite, que o alemão heptacampeão mundial, símbolo maior da fase mais gloriosa do time de Maranello, passou o bastão de vez para seu sucessor. Pelo menos até a próxima corrida, dia 8 de abril na Malásia, é assim que Raikkonen será tratado: como o novo Schumacher que a Ferrari precisava.

Foi fácil, extremamente fácil, a vitória de Kimi no GP da Austrália, o primeiro da temporada. Seu único problema ao longo das 58 voltas da prova foi um defeito no rádio, o que fez com que ele só pudesse se comunicar com a equipe através de placas mostradas pela mureta dos boxes.

Como Raikkonen fala pouco, não chegou a incomodar muito. “Eu não precisei forçar demais, mas também não foi tão fácil quanto pareceu”. Alheio à frieza do Iceman, como é chamado, a cúpula ferrarista era uma alegria só. “O presidente Luca di Montezemolo me ligou comemorando como se fosse a nossa primeira vitória em dez anos”, contou Todt. “É o início de uma Era.”

O GP australiano não foi repleto de emoções, por conta do domínio de Raikkonen – cuja tarefa foi bastante facilitada pela posição de largada de seu companheiro Felipe Massa depois de uma quebra na classificação.

As dificuldades enfrentadas pela McLaren no início da prova também ajudaram o finlandês. Fernando Alonso, segundo no grid, foi prensado pela dupla da BMW na largada, caiu para quarto e não pôde pressionar o rival. Ao contrário, ainda teve de se preocupar em passar o estreante e parceiro Lewis Hamilton, que só cedeu o segundo lugar nos boxes, depois do segundo pit stop.

Mesmo assim, o espanhol estava feliz da vida depois da corrida. “É um início perfeito de temporada. Claro que a gente queria ganhar, mas o carro mostrou ser rápido e confiável, e ainda tem muito potencial. Foi importante marcar pontos, vai ser uma temporada muito equilibrada.”

Heidfeld, Fisichella, Massa, Rosberg e Ralf Schumacher fecharam a zona de pontos. O brasileiro fez uma prova de paciência e perseverança, com apenas uma parada, a partir do fundo do grid. Rubens Barrichello, da Honda, terminou em 11º. As equipes, agora, empacotam tudo e seguem para testes na Malásia, onde no dia 8 de abril acontece a segunda etapa do Mundial.




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