Segundo analistas, o bom desempenho no mercado financeiro foi influenciado por notícias internas e a queda do risco Brasil ao menor patamar desde fevereiro de 2001. A primeira se refere à decisão da Justiça de transferir para o DF as ações contra o reajuste das tarifas da telefonia fixa. O parecer é favorável à aplicação de um reajuste maior pelas operadoras.

No cenário político, o fator que melhorou o otimismo dos investidores foram os avanços nas reformas estruturais. Nesta terça, o governo conseguiu finalizar a primeira etapa da votação da reforma tributária e, nesta tarde, os governadores entraram em acordo sobre a partilha da Cide. Ainda nesta quarta, o governo tenta votar a reforma da Previdência em segundo turno.

A terceira boa notícia é um conjunto de informações. Uma é a queda do desemprego na região metropolitana de São Paulo. De acordo com pesquisa da Fundação Seade/Dieese, o índice recuou de 20,3% em junho para 19,7% em julho. Outra se refere à entrada de recursos internos, que contribuem para a oferta de dólar e, por fim, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe, que subiu para 0,37% mas ficou dentro dos parâmetros esperados.

Também contribuiu para a animação do mercado a valorização dos títulos e a queda do risco-país. Após terem desempenhos recordes na terça, os principais indicadores da confiança externa no Brasil continuam com desempenho positivo. O C-Bond, principal título da dívida brasileira, sobiu 0,48%, sendo negociado a 90,57% do valor de face. O risco-país, medido pelo banco JP Morgan, caiu 2,57%, a 680 pontos-base, menor patamar desde 15 de fevereiro de 2001.