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Dom Majella critica FMI e arrecadação do governo
Do Diário OnLine
Com Agências
31/07/2004 | 16:56
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O presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), cardeal-arcebispo Dom Geraldo Majella Agnelo, criticou neste sábado os recordes de arrecadação de impostos do governo federal e os superávits primário. Segundo ele, o aperto fiscal de nada adianta se não há reflexo na melhoria de vida do povo brasileiro. No primeiro semestre, o país economizou R$ 46,183 bilhões (5,76% do Produto Interno Bruto).

"A arrecadação está lá no alto, enquanto não há um tostão para a parte social", disse Majella, pouco antes de divulgar, em Salvador, uma carta endereçada aos bispos que estabelece formas de colaboração de homens e mulheres na igreja.

"Será que o FMI é tão cego que só quer ver dinheiro e não quer ver o bem de nenhum povo do mundo?", disse o cardeal, para criticar o fato do Brasil "arranjar dinheiro de todos os meios para pagar a dívida". O presidente da CNBB elogiou a conduta da Argentina com o FMI (Fundo Monetário Internacional). "Os argentinos falaram alto e conseguiram (diminuir parcelas da dívida). E por quê o Brasil não pode falar alto também?".

Dom Geraldo chegou a comparar o Brasil a uma "panela de pressão" prestes a explodir,caso não sejam tomadas medidas para amenizar o quadro de miséria. "A panela continua esquentando; é que o nosso povo não é feito para a guerra e sim para a paz", disse ele.




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