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Juiz chileno não poderá interrogar seqüestrador de Olivetto
Da agência EFE
30/08/2002 | 18:42
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A Corte Suprema de Justiça do Chile negou nesta sexta-feira ao juiz especial Hugo Dolmestch uma permissão para viajar para o Brasil com a finalidade de interrogar o seqüestrador do publicitário Washington Olivetto, Mauricio Hernández Norambuena, terrorista foragido da Justiça de seu país, informaram fontes judiciais.

Por oito votos contra seis, o Máximo Tribunal chileno negou a permissão ao juiz alegando que os tribunais chilenos não têm jurisdição para cumprir diligências no exterior. "Para isso estão os precatórios", comentou um dos membros da Corte Suprema ao informar aos jornalistas as razões da negativa.

O juiz Dolmestch é o encarregado do processo pelo assassinato do senador de direita Jaime Guzmán, em 1991, e pediu permissão para viajar para interrogar Norambuena, que foi sentenciado à prisão perpétua no Chile.

Norambuena, conhecido como "Comandante Ramiro" na extrema-esquerda Frente Patriótica Manuel Rodríguez (FPMR), se responsabilizou pelo assassinato e fugiu em dezembro de 1996 junto com outros três terroristas da prisão de segurança máxima onde cumpria a pena. Ele também tinha sido condenado a uma segunda pena de prisão perpétua, pelo seqüestro do herdeiro da rede de comunicação "El Mercurio".

Em fevereiro passado, Norambuena e outros criminosos, entre os quais estão outros dois chilenos, foram presos em São Paulo pelo seqüestro do empresário Washington Olivetto, por quem exigiam um resgate de US$ 10 milhões.

Em julho passado, em uma decisão de primeira instância, os seqüestradores foram sentenciados a 16 anos de prisão no Brasil. O Governo chileno começou a tramitar a extradição de Norambuena, mas admitiu que o mais provável é que as autoridades brasileiras determinem que primeiro deve cumprir pena nesse país.




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