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Governador do PI se diz disposto a quebrar sigilo
Do Diário do Grande ABC
15/10/1999 | 16:50
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O governador do Piauí, Francisco de Assis Moraes, o Mao Santa, disse nesta sexta-feira que já perdeu a conta do número de parentes que contratou para trabalhar em seu governo. Depois de encontro com o ministro da Justiça, José Carlos Dias, para discutir convênios, Mao Santa negou envolvimento de sua família na máfia que falsifica notas fiscais e disse que seu sigilo bancário está aberto para quem quiser ver.

Mao Santa afirmou que, entre os parentes diretos, se lembra de ter contratado sua mulher, Adalgisa Moraes, que é secretária do Serviços Social (SES), o irmao, Paulo de Tarso Moraes, secretário de Fazenda, o filho, Francisco de Assis Moraes Filho, chefe do Gabinete Civil, e a filha, Cassandra Moraes, assessora do Tribunal de Justiça que presta assistência jurídica ao governador nas vésperas das campanhas políticas. "Entre parentes diretos e indiretos eu nao me lembro o número", disse Mao Santa. "Isso nao é nepotismo", disse o governador. "É confiança." Segundo Mao Santa, sua "força" reside justamente no fato de contratar os parentes no governo do Piauí. "Vocês acham o pai ou a mae de vocês persona non grata?", questionou.

Mao Santa afirmou que o presidente Fernando Henrique Cardoso também contratou a filha para um cargo de secretária em um dos gabinetes do Palácio do Planalto. Mao Santa disse que "a pobrezinha" de sua esposa foi acusada de praticar contrabando "só porque distribuiu" objetos contrabandeados, confiscados pela Receita Federal no Estado. "O presidente Fernando Henrique nao usou uísque da Receita na posse?" disse. O governador afirmou que seu sigilo telefônico e bancário está aberto. "Abro desde o meu primeiro cheque no Banco da Lavoura", disse.

Mao Santa negou ter conversado com José Carlos Dias sobre suposta intervençao no Estado e disse que nao admite esta hipótese. "Quem tem que resolver os problemas do Piauí é o Piauí". O governador disse que foi o responsável pelo afastamento de policiais envolvidos com o crime organizado. Mao Santa assinou convênio com o ministro da Justiça para realizar mutirao para atender presos que já teriam cumprido tempo de pena e continuam nos presídios do estado.




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