Após o Copom (Comitê de Política Monetária) elevar a Selic em 0,25 ponto percentual, a Fecomercio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo) afirmou, por meio de nota, que o Banco Central continua conduzindo de forma conservadora a política monetária, fundamentada numa taxa básica de juros altíssima.

Para a entidade, há espaço até para a redução imediata dos juros. "Está claro que a atual estratégia tem sido ineficaz naquilo a que se propõe, já que os juros elevados não conseguem mais controlar a inflação. As recentes oscilações observadas decorrem essencialmente da elevação dos preços administrados ou das commodities internacionais, sobre as quais a taxa de juros não tem nenhum impacto. Esperávamos, ao menos, que não houvesse aumento. Em função dos últimos aumentos, a expectativa já é crescer menos. Em vez de 4% revimos nossa previsão para 3%", afirma a nota.

A Fecomercio afirmou ainda que juros neste patamar, além de inócuos no controle da inflação, atuam como obstáculo na geração de investimentos privados, essenciais para a sustentabilidade do crescimento.