Segundo ele, esse é um outro exemplo da açao do narcotráfico e que incluía oficinas de desmanche comandadas por dois homens, Cadú e Mandeli, que 'sao multimilionários, com apartamentos em Miami, apesar de serem donos, apenas, de oficinas de carros velhos``. Eles remontavam os carros para revenda, num esquema do narcotráfico.

``Já descobrimos muitas coisas em vários Estados, mas nada que se comparasse ao que vimos em Curitiba. No Paraná, a Polícia Civil acabou com todos os traficantes e ladroes de carro, tomou pé do que ocorria e assumiu o lugar dos bandidos passando a comandar a organizaçao, conhecida como firma. Eles contratavam bandidos que trabalhavam para eles. Pegavam viciados em drogas, ou faziam a iniciaçao deles com drogas para chegarem aos traficantes; descobriam os que atuavam na área e aliciavam os traficantes, sob ameaças e pressoes``, relatou o parlamentar.

O envolvimento dos policiais ia dos 'simples agentes, aos inspetores, delegados e até do chefe de polícia do Paraná, delegado Noronha, um dos chefes da quadrilha, e que está foragido, com prisao preventiva decretada``. No caso dos roubos de veículos, Pompeo de Mattos disse que havia uma disputa de delegados por postos mais rentáveis, no roubo e passagem de veículos, como Londrina e Foz do Iguaçu, em que o policial era obrigado a pagar à ``firma' R$ 150 mil para conseguir o posto.