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Abrolhos é de cair o queixo!

A bordo de catamarã, turista parte em aventura mar adentro para mergulhar e observar as baleias

Marcela Munhoz
Do Diário do Grande ABC
11/10/2018 | 07:25
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Marcela Munhoz


Se você nunca tinha ouvido falar de Prado, dificilmente conhecia Abrolhos. O arquipélago – formado por cinco ilhas – é famoso, especialmente pela riquíssima fauna que ali habita ou que dá o ar da graça em alguns meses do ano, como as visitas das baleias jubarte. O local, inclusive, causou curiosidade ao naturalista britânico Charles Darwin, que o visitou em 1832. Abrolhos, como conhecemos hoje, foi criado em abril de 1983 e representa marco para a conservação marinha no País. São cerca de 91,3 mil hectares sob a administração do ICMBIO (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).

Realmente, Abrolhos é algo a se contemplar ao menos uma vez na vida. Apesar de ser cansativo – dá pouco menos de uma hora de carro até Caravelas e, em alto-mar, são quase quatro horas para chegar na ilha; não esqueça que tem toda a volta, por isso, leve blusa e calça – o passeio é delicioso. Antes, porém, tome remédio para enjoo. Quem desejar, pode mergulhar com cilindro, mas, sinceramente, a água é tão transparente que usar snorkel e pés de pato, cedidos pelas embarcações, já é experiência inesquecível. O passeio custa R$ 320 por pessoa, incluindo café da manhã e almoço, além de R$ 170 para os que querem mergulhar (veja mais em www.abrolhosembarcacoes.com.br e www.cataventotour.com.br).

O catamarã parte às 6h20. Durante todo o percurso, a trilha sonora fica por conta do “Olha a baleia”, “Você viu algo?”, “Juro que tinha duas”. São as frases ditas pelos turistas com os dedos apontados ao mar quando um jato de água sobe, mesmo que não muito perto, indicando que as jubarte estão por perto. Os animais marinhos – que podem chegar a 16 metros de comprimento – visitam Abrolhos entre julho a novembro, quando fazem dessa região seu refúgio de amamentação e reprodução. Não vá, porém, com a ideia de que elas encostam nos barcos para as selfies. É preciso ter sorte.

A beleza do arquipélago, essa sim, é garantida. Depois de mergulhar, pegue carona em barquinho e visite a ilha Siriba. Lá estão diversas espécies de aves marinhas, como atobás brancos e marrons, além das grazinas. Essas fazem na própria ilha seus ninhos. Pai e mãe revezam para cuidar dos ovos e dos filhotes. Guiados por biólogas, os turistas passam bem pertinho e registram cliques incríveis. Na volta, contemple pôr do sol absolutamente encantador.


Para mais de metro: mineiros são os que mais vão a Prado

É possível definir Prado como um dos principais destinos de praia dos mineiros. Para onde se vai é possível ouvir um ‘trem bão’ aqui, ‘queijin’ ali. Não é à toa. Belo Horizonte fica a quase 600 quilômetros de lá – pouco mais de sete horas de viagem. É comum encontrar turmas que se organizam para passar o fim de semana curtindo o lugar.

Isadora Pacheco, 31 anos, ficou encantada por Abrolhos e quis fazer tudo o que o pacote oferecia, incluindo mergulho com cilindro. “É lindo demais lá embaixo. Adorei os pássaros da ilha também. Ter contato com a natureza é essencial”, diz a advogada que nasceu no Rio Grande do Sul, já morou em São Caetano e hoje está em Governador Valadares.

“Sempre que posso vou de encontro ao mar. A Bahia, em especial, tem lugar reservado dentro do meu coração”, confessa Isadora. “Venham paulistas, o passeio vale a pena”, convida.
 




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