Na véspera, mães dos colegas de classe do menino organizaram um abaixo-assinado em defesa da professora, que não teve o nome identificado. O depoimentos dos filhos das mulheres envolvidas no protesto são contraditórios. Há crianças que afirmam que não houve castigo e outras dizem que a professora pediu apenas que o aluno saísse por último depois da aula.

Segundo a versão da mãe do garoto, Maria Luzineide Nunes, seu filho foi colocado atrás da porta da sala de aula pela professora e continuou no local após o sinal de fim das aulas. Ela disse ainda que o menino estava em estado de choque e passará por acompanhamento psico-pedagógico. Ele ficou mais de quatro horas sentado atrás da porta. O castigo foi aplicado porque ele esqueceu de levar um livro que devia ser devolvido na biblioteca da escola.

O garoto costuma ser castigado em sua casa. Sua mãe explicou que ele não deixa a punição até que seja mandado por um adulto. Maria Luzineide registrou o caso na polícia e uma sindicância foi aberta para apurar o caso.

De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, o ato de castigo, além de contrariar o Estatuto da Criança e do Adolescente, não é norma pedagógica adotada pelo sistema educacional municipal. Se for provado que a professora castigou o aluno, ela será exonerada.

O laudo final do caso deve sair dentro de 30 dias, enquanto isso a educadora ficará afastada das salas de aula. Se realmente for considerada culpada, ela deve se exonerar do cargo.