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As investigaçoes para a prisao e todos os envolvidos na quadrilha durou pouco mais de três anos. Segundo o superintendente da Polícia Federal no Pará, Geraldo Araújo, foram apreendidas mais de 20 pequenas aeronaves do grupo neste período. A chamada "Operaçao Tornado" identificou ainda o tráfico de mais de duas toneladas de cocaína colombiana para o Brasil e a Europa, grande parte passando pelo Suriname.
A quadrilha supostamente liderada por Leonardo Dias Mendonça levava armas para a Colômbia, que seriam trocadas por drogas e vendidas para integrantes das guerrilhas e dos grupos paramilitares. Geraldo Araújo disse que a quadrilha é ligada ao tenente-coronel Dersi Bouterse, ex-presidente do Suriname procurado pelas polícias federais de vários países. Bouterse levava drogas para a Holanda. Ele está sendo investigado pela CPI do Narcotráfico.
Apesar de ter residência em Goiânia, Mendonça tem vários negócios no sul do Pará, onde é dono de postos de gasolina, empresas de factoring e fazendas. Sua base é Marabá, onde tem uma fazenda. As estruturas destas empresas eram utilizadas para a lavagem de dinheiro e o tráfico. Segundo as investigaçoes da PF, Leonardo utilizava pistas clandestinas para pouso de avioes com drogas. Foram apreendidas três aeronaves somente no final de semana.
Além de Leonardo, a PF prendeu os empresários goianos Pedro Misael Alves Ferreira e Antenor José Pedreira. Foram presos no Pará os pilotos Ivanilson Alves e Osmar Anastácio, que sao ligados à mesma quadrilha dos empresários goianos. "Acho que chegamos aos líderes", disse o delegado Geraldo Araújo. A quadrilha colocava uma parte da cocaína em território brasileiro principalmente nos Estados de Rondônia, Pará, Mato Grosso e Sao Paulo.
Araújo disse que o empresário Mendonça era "o homem de confiança dos colombianos" no Brasil. Ele disse que há "elementos" que ligam Mendonça à quadrilha de Bouterse, mas preferiu nao detalhar as investigaçoes.
O presidente da CPI disse que vai ouvir todas as pessoas presas no Pará. Magno Malta diz ser muito importante ouvir o empresário Leonardo Dias Mendonça, mas acredita que será necessário enviar um grupo de parlamentares a Marabá, para colher os depoimentos dos envolvidos, já que a CPI tem outras tarefas em Brasília esta semana. Os três empresários goianos foram transferidos nesta segunda-feira para Marabá, onde corre o inquérito da quadrilha.
Judiciário - Malta disse que a CPI vai investigar suposta participaçao de pessoas do Judiciário e das polícias do Pará no esquema montado pela quadrilha de Leonardo Dias Mendonça. O deputado disse que seria quase impossível uma quadrilha de empresários traficar há tanto tempo sem que alguém acobertasse as operaçoes. "Temos que saber que dá o salvo-conduto a este pessoal."
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