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Construtora de Sto.André quintuplica vendas
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
22/05/2011 | 07:17
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O mercado imobiliário mostrou retração em vendas no Grande ABC neste início de ano, mas para a construtora MZM, de Santo André, o ritmo continua ascendente. A empresa acelerou o passo e neste ano deve quintuplicar seu faturamento em relação ao desempenho de 2010.

Só no primeiro semestre, serão nove lançamentos de projetos imobiliários e há outros no forno - em processo de aprovação nas prefeituras - na região e em cidades próximas: Guarulhos, Carapicuíba e na Capital.

Segundo o sócio Francisco Diogo Magnani, houve certo represamento, por causa de demora no processo burocrático nas administrações municipais, o que contribuiu para o forte volume de empreendimentos em início de comercialização neste ano.

Para o empresário, o cenário econômico segue favorável, com o desemprego baixo e o aumento da renda da população, apesar do leve repique da inflação. E a região, com a localização estratégica e o trecho Sul do Rodoanel, atraiu empresas. Ele cita que muitas construtoras de São Paulo fizeram lançamentos no Grande ABC, nos últimos anos. Com isso, os terrenos se valorizaram, e cresceram também as oportunidades, avalia Magnani. Apesar dessa valorização, os preços ainda são menores que na Capital, o que também atrai pessoas de fora dos sete municípios. Estima-se, no setor, que 15% das compras de imóveis novos atualmente são feitas por paulistanos. "Isso faz com que a rentabilidade melhore, pela velocidade de vendas", afirma o executivo.

CAPITAL

Apesar das perspectivas promissoras no Grande ABC, a construtora olha com atenção o mercado da Capital, que é muito maior que o da região, tem demanda em alta e margens de lucro, para a construção, também superiores.

Com isso, a MZM não descarta ter mais lançamentos na cidade de São Paulo. "É uma questão de tempo, mas para isso, ainda precisamos aumentar nossa estrutura. Temos de ter pé no chão e custo competitivo", assinala.

Ele cita que há bairros de São Paulo, como Vila Nova Conceição e Ibirapuera, em que os preços de imóveis (comparando mesmo padrão e tamanho) chegam a ser o dobro em relação aos do Grande ABC. Em outras áreas, como Vila Mariana e Aclimação, a diferença é de 40% a 50%.

Alteração do Minha Casa favorece vendas

A ampliação do limite máximo do imóvel financiado pelo Minha Casa, Minha Vida, que passou neste ano de R$ 150 mil para R$ 170 mil já permite que a MZM atinja ao público que busca essa linha de financiamento. "Mas falta ajustar a renda (cujo teto permanece em R$ 4.650, apesar de inicialmente o programa ser destinado a famílias de até dez salários-mínimos e piso atualmente em R$ 545)", afirma Francisco Magnani.

A empresa, que foi uma das pioneiras na região em lançamentos de condomínios-clube, no entanto, ainda vê algumas dificuldades em trabalhar com o programa federal. "Podemos atuar no limite, de R$ 150 para cima. Abaixo desse valor, não estamos preparados. Teríamos de ter estrutura específica para isso", assinala.

APROVAÇÃO

Magnani se queixa da demora na aprovação dos projetos. Ele avalia que falta estrutura para as administrações municipais darem vazão às demandas das construtoras. Isso não significaria desrespeitar os processos de análise, mas ter mais agilidade. "Quanto mais tempo parado, mais o custo cresce", observa.




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