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Família e comunidade árabe organizam passeata por brasileiro
Do Diário OnLine
Com Agências
27/01/2005 | 21:40
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Uma manifestação por João José Vasconcelos Jr., seqüestrado há mais de uma semana no Iraque, está programa para o próximo sábado, às 10 horas, no centro da cidade mineira de Juiz de Fora. A comunidade árabe da região e a família do engenheiro pretendem fazer um apelo público para que as imagens da mobilização percorram o mundo, chegando até o Iraque.

Camisetas com fotos de Vasconcelos, bandeiras do Brasil e do Iraque, além de mensagens aclamando pela libertação do brasileiro estão sendo preparadas para a passeata, que vai sair do Parque Halsed, no centro de Juiz de Fora, e deverá ser encerrada com a leitura de um manifesto pela família.

A Associação Beneficente Muçulmana, que reúne cerca de 70 famílias árabes muçulmanas e brasileiras convertidas do município, está ajudando amigos e familiares a traduzir mensagens e frases para faixas e cartazes que serão exibidos em português e em árabe. Segundo familiares, a idéia inicial era de organizar outras manifestações em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, mas depois optaram pela cidade do brasileiro.

Os pais do engenheiro, Maria de Lourdes e João José, não vão participar por razões emocionais, já a mulher e os três filhos do brasileiro não estão no país.

Vasconcelos, 49 anos, engenheiro da empresa Norberto Odebrecht, desapareceu quarta-feira passada em Baiji (norte do Iraque). O comboio composto por quatro carros foi interceptado por integrantes do grupo armado Esquadrões de Mujahedins, enquanto seguiam para o aeroporto da região. O engenheiro, que estava no último automóvel, não foi encontrado depois do ataque. Três dias depois, o grupo rebelde reivindicou o seqüestro, em comunicado divulgado pela rede de televisão Al-Jazeera, onde documentos e cédulas de reais foram filmadas.

O brasileiro já havia trabalhado em países como Argentina, Chile e Uruguai, mas recusou trabalho no Equador para seguir rumo ao Oriente Médio. Vasconcelos acreditava que o Iraque possuía um lado melhor, segundo relatou seu irmão ao Jornal Nacional. O engenheiro, que completa 50 anos no dia 24 de fevereiro, deixaria o Iraque um dia depois do ataque, para não mais retornar.




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