“Estou vestida de luto. Em cada casa as pessoas estão de luto pois sua captura equivale para nós a sua morte”, disse Nada Yassin, uma mãe de 40 anos. “O que será de nós agora que não temos protetor? Os americanos e alguns iraquianos virão para se vingar”, disse, ao passar por uma rua onde era possível ouvir do interior das casas versículos do Alcorão, como se costuma fazer quando há um morto.

Na manhã desta segunda não havia nenhuma dúvida sobre o que aconteceu na véspera. “Nós o vimos na televisão. Reconhecemos sua maneira de se movimentar, sua voz. Não há dúvida nenhuma”, afirmou Alaa Nada, neto do chefe da tribo a que pertence Saddam Hussein, que visitou por três ocasiões seu primo afastado em um palácio de Bagdá, antes da guerra. “Para nós houve traição”, disse Jodr Yussef, vendedor de carros da mesma tribo que Saddam.