Um dos filhos de Al-Rantissi, Mohammed, 20 anos, e um guarda-costas também morreram no ataque deste sábado. O carro em que estavam foi atingido por pelo menos dois foguetes disparados por helicópteros de Israel. As explosões ainda feriram seis pessoas que estavam próximas ao veículo.

O dirigente do Hamas Ismail Haniya prometeu vingar a morte do chefe do movimento. Segundo ele, "o sangue de al-Rantissi não será derramado em vão". Dezenas de simpatizantes do grupo radical saíram às ruas de Gaza após a confirmação das mortes e também garantiram vingança ao assassinato do substituto do xeque Ahmed Yassin.

O ataque contra o carro de al-Rantissi aconteceu horas depois da explosão de um homem-bomba palestino, que resultou na morte de um soldado israelense. Ações terroristas como essa são apoiadas pelo Hamas, e esse é o argumento utilizado por Israel para 'exterminar' os líderes do movimento. "Já cansamos de esperar por uma ação palestina (contra o terrorismo), por isso estamos agindo da nossa forma", disse um porta-voz do governo israelense.

Tido como um membro 'linha dura' do Hamas, al-Rantissi estava na liderança do movimento palestino desde o dia 23 de março passado, quando assumiu a função prometendo "caçar os israelenses". Por pertencer a um segmento mais extremista dentro do próprio Hamas, havia quem apostasse que sua indicação ao posto de líder representaria uma radicalização das ações do grupo.

Em junho de 2003, al-Rantissi havia escapado de uma tentativa frustrada de assassinato por parte do exército israelense. Então número dois na hierarquia do Hamas, atrás apenas de Yassin, ele teve o carro alvejado por mísseis disparados de um helicóptero. O veículo ficou reduzido a metais retorcidos, mas al-Rantissi sofreu apenas ferimentos leves.