O vulcão Tungurahua, 135 km ao sul de Quito, mantém uma atividade baixa, apesar da contínua pressão dos gases no interior da montanha no lado acidental, o que provoca uma deformação levemente visível, de acordo com o boletim do Instituto Geofísico emitido na tarde desta sexta-feira.

"O número de eventos sísmicos continua baixo, mas o flanco norte do vulcão está inflado, o que não descarta nova intensificação da atividade eruptiva", assinala o boletim.

Pela manhã, o diretor do Instituto Geofísico, Hugo Yépez, advertiu que o movimento de fluidos e a pressão de gases e líquido magmático sobre as paredes do Tungurahua antecipavam novos eventos eruptivos, que dado ao comportamento instável do vulcão, são impossíveis de se precisar quando ocorrerão.

Na quinta-feira, a erupção do Tungurahua destruiu sete vilas do sul do Equador, matando cinco pessoas e 850 animais, além de destruir 15 mil hectares de plantações.

O derramamento de lava e as cinzas reduziram a escombros as localidades de Bilbao, Punllupala, Yuibug, Choglantus, Anaba, Palitahua e Manzano, na província do Chimborazo.

Com 5.029 metros de altitude, o Tungurahua atingiu na quinta-feira o maior pico eruptivo desde sua reativação, em 1999, informou o Instituto Geofísico.