Patinando nas pesquisas de intenção de votos, o governador e candidato à reeleição Márcio França (PSB) associou seu desempenho na disputa à corrida presidencial. Após participar de ato partidário em Diadema, o socialista afirmou que ainda não deslanchou nas pesquisas porque, segundo ele, as “atenções se concentraram na eleição nacional”. “Agora é que os eleitores vão pensar na eleição estadual”, disse.

Segundo o último levantamento do Ibope, França está em terceiro lugar, com 8%, distante do ex-prefeito da Capital João Doria (PSDB), que registrou 21%, e do presidente licenciado da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf (MDB), que assumiu a liderança ao atingir 22%. O ex-prefeito de São Bernardo Luiz Marinho (PT) tem 5%. O governador também evitou, a menos de 20 dias do pleito, cogitar apoiar outro nome no segundo turno. “Não há hipótese de eu não estar no segundo turno”, cravou o socialista.

Minutos antes, França discursou para um público de convertidos, formado por militantes do PSB e cabos eleitorais de diversos candidatos da cidade e da região, no salão do Clube Okinawa. O socialista voltou a atacar Doria pelo fato de o tucano ter renunciado ao comando da prefeitura paulistana para disputar o Palácio dos Bandeirantes. França também decidiu adotar discurso contra “pessoas ricas” para criticar os principais adversários. “Quem aqui estudou em escola pública? Qual de vocês já andou de helicóptero? Se a gente não anda de helicóptero e estudamos em escola pública, por que votar neles?” questionou o governador. “São pessoas ricas, poderosas e famosas. Quem tem grande patrimônio não deveria se meter com vida pública, com política.”

Além do prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), o evento reuniu os prefeitos Adler Kiko Teixeira (PSB, Ribeirão Pires) e Gabriel Maranhão (sem partido, Rio Grande da Serra), além de candidatos da cidade, como o vice-prefeito Márcio da Farmácia (Podemos), pleiteante a estadual, e a ex-secretária Regina Gonçalves (PV) e o vereador Célio Boi (PSB), candidatos a federal.