O PT de Ribeirão Pires é só esperança quando o assunto é aliança com o PSD. As declarações do articulador pessedista na Região Metropolitana, José Police Neto (PSD), agitaram os bastidores. Atualmente, na cidade, o PSD está no arco do pré-candidato ao Paço pelo PMDB, Saulo Benevides.

Em entrevista exclusiva ao Diário, Police Neto admitiu que há conversas para que o apoio seja selado entre os diretórios municipais. O presidente da Câmara de São Paulo ressaltou que é necessário "resguardar toda articulação metropolitana que importa ao partido em 2014". O parlamentar garante que o imbróglio terá fim em, no máximo, 20 dias.

A articulação também é protagonizada pelo prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT). Os petistas de Ribeirão apostam na amizade entre os dois caciques para sacramentar o apoio. No Grande ABC, o PSD selou alianças com o PT em São Bernardo e Santo André. Em Diadema a situação está bem encaminhada.

A pré-candidata à Prefeitura Maria Inês Soares (PT) ressaltou que conversa estadual é importante, mas que o bom relacionamento entre os diretórios municipais é essencial para firmar o acordo. "As relações na cidade são boas. É importante essa conversa que o Marinho tem feito", analisa.

A petista acredita que a aliança será benéfica para o PT. "É favorável para nós e espero que seja para eles (PSD) também. Ampliar o arco sempre é bom. O PSD tem muito potencial de votos e é importante construir essa aliança", analisa. A bancada pessedista é a maior no Legislativo com três parlamentares e possui a presidência da Câmara, com Gerson Constantino.

O PT ainda não conseguiu angariar apoios com representatividade na Câmara. O maior partido que anunciou adesão ao projeto petista é o PP, que possui Anderson Grecco na presidência. Os petistas também conquistaram apoio de PRB, PTC e PSDC.

Por conta do peso que o PSD tem no município, a informação recorrente nos bastidores é de que a vice pertenceria ao partido. O nome apontado seria de Gerson. O comandante da Câmara de Ribeirão foi líder de Maria Inês na Casa quando ela foi prefeita. "Meu posicionamento é aguardar. Sou subordinado ao meu presidente (municipal, Koiti Takaki) e tem a decisão da estadual", ponderou.

Maria Inês desconversou sobre a possibilidade da vice. "Não sabemos o que eles vão pleitear. Há compromisso com os partidos aliados e ainda não há definição. As conversas (com o PSD) não estão nesse nível", disse a petista.

ADEUS

Pessoas próximas a Koiti garantem que se a estadual ordenar a aliança com o PT ele sairá do partido. O vereador é coordenador da campanha de Saulo. Como desistiu de sua reeleição a vereador, não há empecilhos para a saída da legenda. Neste caso, Gerson, que já recebeu convites para assumir o diretório, comandaria a legenda.