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Telemar deu show de competência, diz presidente
Do Diário do Grande ABC
16/07/1999 | 14:31
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O presidente da Telemar, Manoel Horácio da Silva, afirmou que a empresa deu um "show de competência tecnológica" durante a mudança no sistema de discagem de longa distância no País. Segundo ele, o bom desempenho da companhia mostra que a Telemar nao precisa de nenhuma operadora estrangeira para manter a qualidade dos seus serviços.

"Nenhum operador internacional precisa vir nos mostrar como se gerencia a empresa", disse Manoel Horácio, rebatendo afirmaçoes de executivos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) sobre o interesse da instituiçao em vender a participaçao de 25% do BNDESpar na holding para uma empresa internacional.

O presidente destacou que nao há como prever quem vai adquir a participaçao do BNDESpar na companhia, já que a venda será feita por meio de um leilao. Manoel Horácio acredita que a entrada de um novo parceiro na holding nao vai alterar a atual gestao da companhia. "Somos sete acionistas, a mudança de um dos parceiros nao vai mudar em nada o grupo de controle", explicou. Sobre a compra da participaçao da Inepar na holding para o Opportunity, o presidente da Telemar disse que a entrada do Opportunity no grupo deu mais "estabilidade sobre a capacidade dos sócios pagarem a segunda parcela referente ao leilao de privatizaçao do sistema Telebrás. "Com a entrada do Opportunity , ficou claro que todos os parceiros têm dinheiro para quitar a segunda parcela", afirmou Manoel Horácio durante um seminário sobre telecomunicaçoes promovido na Câmara de Comércio Americana.

O presidente da Telemar informou ainda que o processo de reestruturaçao das 16 teles do grupo será mais lento do que se previa inicialmente. Segundo ele, o grande problema hoje é o direito dos minoritários. Ele lembra que existem 64 tipos de açoes preferenciais nas 16 empresas, que dao direitos diferenciados aos seus detentores.

"Isso complica muito uma fusao das companhias", disse. "Se formos fazer uma fusao pura e simples, custaria R$ 1,4 bilhao para comprar a participaçao dos minoritários", calculou Manoel Horácio. O trabalho da companhia atualmente, revela, é buscar forma mais barata de ser fazer a reestruturaçao societária. "Nao seria nada bom para a companhia gastar R$ 1,4 bilhao simplesmente para deixar os minorados mais felizes."

Como o processo de reestruturaçao societária será lento, a prioridade da Telemar agora será dar continuidade a reestruturaçao na parte administrativa da empresa. O presidente da Telemar explicou que, com a implantaçao de um novo sistema de gestao integrada, conhecido como SAP, a companhia vai conseguir uma economia de R$ 50 milhoes a R$ 300 milhoes por ano. Esse sistema vai entrar em funcionamento em 10 meses a partir da Telemar Minas. Após esta data, a cada mês, uma das teles será integrada ao sistema. Para colocar o projeto em operaçao, a Telemar investiu R$ 100 milhoes.




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