O Santo André encerrou a participação no Campeonato Paulista da Série A-2 há uma semana, salvando-se do rebaixamento apenas na última rodada. Mas um ponto chamou a atenção dos dirigentes e da comissão técnica, que o leva em consideração agora para renovar os contratos do elenco: apesar da campanha ruim, a equipe teve a terceira melhor defesa do torneio, com 22 gols sofridos em 19 jogos.

Basta analisar os vínculos prorrogados com os jogadores para a Série C do Brasileiro para confirmar o fato. Por ora, o zagueiro Júnior Paulista, o lateral-direito Marcelo e o volante Batata haviam renovado. Os goleiros Marcelo Bonan e Gustavo, além do meia defensivo Juninho, já tinham contratos mais longos. E ontem foi a vez de Fábio Baiano, outro volante, fechar até o fim do Nacional.

"É um atleta que foi eficiente em campo. Jogou praticamente todos os jogos porque não teve lesão, ao contrário do Juninho e do Batata", elogiou o diretor de futebol Sérgio do Prado. "Fez parte do sistema de contenção da terceira melhor defesa do campeonato e queremos continuar com o que deu certo, que foi o nosso sistema defensivo eficiente", emendou o dirigente.

Para ele, além dos fatos extracampo, o que pesou contra o Ramalhão foi o excesso de lesões no setor ofensivo. "Tivemos problemas na criação por ordem médica e, por isso, terminamos com o segundo pior ataque (18 gols)", explicou.

Agora, entre os outros dez atletas com vínculo a expirar em maio, apenas um deve estender contrato com o Ramalhão. "Dentro do que prevíamos, esperamos até amanhã (hoje) encerrar as renovações com mais um. Tudo está sendo feito em concordância com o novo treinador. Essas renovações foram aprovadas previamente por ele", disse Sérgio do Prado, que mantém o mistério sobre o técnico contratado na semana passada e que não teve o nome revelado por ainda estar trabalhando em outro clube.