O bom desempenho fora de casa é a aposta do São Caetano para surpreender o Americana hoje, às 21h50, pela quinta rodada da Série B do Brasileiro. Dos seis pontos disputados longe de seu território, o time comandado por Márcio Goiano conseguiu quatro: um no empate com o Salgueiro e três na vitória sobre o Bragantino (2 a 1).

A matemática favorável como visitante tem, ao menos até o momento, garantido situação de certa forma confortável à equipe no torneio, visto que no Anacleto Campanella tem deixado a desejar. Na rodada anterior, o time levou um gol no fim e não foi além do empate (1 a 1) com a Ponte Preta. Antes, havia perdido para o Ituiutaba por 2 a 0 e saiu de campo vaiado pela torcida.

"Infelizmente nosso desempenho em casa não tem sido satisfatório. Não era para ser normal. Equipes que passaram pela Série B recentemente, como Corinthians e Vasco, subiram porque eram quase imbatíveis em casa. Espero que ao menos fora continuemos a fazer a diferença", torce Márcio Goiano.

O treinador admite que as más condições do gramado do Anacleto Campanella podem estar contribuindo para o baixo rendimento da equipe, mas não vê o fato como desculpa. "De fato prejudica porque nosso time é leve, técnico, mas poderia ser pior para os adversários, porque nós estamos acostumados com o campo, já que treinamos todos os dias aqui", apontou.

Os jogadores também admitem as dificuldades do campo. "O gramado ruim tem atrapalhado bastante. Temos de treinar aqui e jogar. Até as categorias de base estão usando (Paulista Sub-20), mas é algo que não depende só da diretoria. O município poderia ajudar mais, e a torcida entender que o campo tem atrapalhado e não apenas cobrar", desabafou o goleiro Luiz.

O meia Ailton, com dores lombares, é o único desfalque do São Caetano.

O jogo marca o reencontro do Azulão com seu ex-técnico Toninho Cecílio. O Americana pode ter uma mudança no ataque, com Reinaldo, artilheiro do time na competição com dois gols, no lugar de André Luiz.

Goiano usa meia híbrido para surpreender inimigo

O meia Alan foi escolhido para ser o substituto de Ailton no confronto do São Caetano com o Americana hoje à noite, em Americana. O jogador foi um dos últimos reforços a serem apresentados e participou das duas partidas anteriores. Começou na reserva e entrou na segunda etapa diante da Ponte Preta e do Bragantino.

O técnico Márcio Goiano admite que a opção por Alan se deve ao fato de o jogador ter dupla utilidade, apoiar o ataque e ajudar a recompor a marcação quando a equipe estiver sem a bola.

"A opção natural seria o Souza (volante) porque jogaremos fora. No entanto, precisamos ser agressivos e ao mesmo tempo cautelosos e firmes na marcação. Com o Alan, que entrou bem nas partidas (Ponte e Bragantino) imagino que poderemos ter as duas coisas. Sem a bola, ele deve ajudar a recompor a marcação pelo lado direito", explicou o treinador.

A outra opção, o meia Kleber, que tem características parecidas com as de Alan - ambos já atuaram como segundo volante em outras equipes - também não poderá ser usado porque, a exemplo de Ailton, segundo Goiano, sente dores lombares.

Alan chegou ao São Caetano após passagem pelo Santo André. Foi titular na Série B do Brasileiro de 2010, mas após contusão não se manteve no time no Paulistão deste ano.

Nairo nega atraso em vencimentos

O presidente do São Caetano, Nairo Ferreira de Souza, negou ontem que tenha atrasado o pagamento do direito de imagem dos jogadores, conforme apurou o Diário.

Segundo o dirigente, parte dos vencimentos dos atletas é paga pelo regime da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e parte é direito de imagem. A primeira, afirmou, é paga todo quinto dia últil e a segunda, até cinco dias após o vencimento da primeira.

"Às vezes a gente passa aperto, mas não atrasa. O direito de imagem venceria domingo. Depositamos na sexta-feira e caiu hoje (ontem). Então, não estamos atrasados", afirmou Nairo.

O lateral-direito Artur e o goleiro Luiz confirmaram o atraso, mas alegaram não saber se os valores haviam sido depositados. "A maioria aqui é CLT. O direito de imagem é pago em até cinco dias, mas não é nada que nos preocupe", disse Luiz.