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Lula e Kirchner conversam sobre estratégia energética comum
Da AFP
27/04/2007 | 17:14
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O chanceler brasileiro, Celso Amorim, afirmou nesta sexta-feira o que os presidentes Lula e Néstor Kirchner, da Argentina, avançaram na elaboração de uma estratégia comum em matéria de energia, inclusive de biocombustíveis.

Os presidentes conversaram sobre "uma estratégia comum, não somente sobre biocombustíveis, mas sobre energia de um modo geral", afirmou Amorim, em entrevista à imprensa ao término da reunião dos dois presidentes na residência de Olivos, na periferia norte da capital argentina.

A exploração do etanol como fonte de energia é promovida pelo Brasil, maior produtor sul-americano do combustível elaborado a base de milho e cana-de-açúcar. Segundo o ministro, Kirchner e Lula também analisaram a agenda que orientará o encontro de ministros das Finanças da região no próximo mês em Quito, cujo tema central deve ser a criação do Banco do Sul, um projeto promovido pelos governos de Argentina e Venezuela.

"Eles falaram sobre integração, biocombustíveis e Banco do Sul", confirmou uma fonte do governo argentino. Lula e Kirchner se mostraram tranqüilos antes da reunião e posaram para os fotógrafos, mas não deram declarações e nem divulgaram documento após o encontro.

O abraço público de Lula e Kirchner deu a entender que os dois deixaram para trás as divergências sobre a criação do Banco do Sul. A reunião teve "saldo positivo", limitou-se a dizer Amorim, presente no encontro junto a seu colega argentino, Jorge Taiana, e ao ministro do Planejamento Federal, Julio De Vido.

Após a reunião, Nestor Kirchner e a senadora e primeira-dama argentina, Cristina Fernández, acompanharam Lula em uma breve visita aos jardins da residência presidencial e ofereceram-lhe um almoço.

Paralelamente, a ministra da Economia da Argentina, Felisa Miceli, falou com ministros das duas nações sobre a "integração do Mercosul, os biocombustíveis e a situação do Equador", comentou Amorim.

Durante a reunião, Taiana aceitou a oferta do governo brasileiro de colocar à disposição da Argentina o navio Ary Rongel para a realização da Campanha Antártica 2007-08, depois do incêndio que desativou o arranha-céus argentino Almirante Irízar.

"Com a colaboração do Brasil, poderemos cumprir o Plano Anual Antártico, a ferramenta que regulamenta a atividade científica, educacional e cultural que a Argentina desenvolve nestas campanhas", destacou a chancelaria argentina, em comunicado.

Lula encerra nesta sexta-feira sua visita a Buenos Aires, iniciada na véspera, depois de uma viagem a Santiago do Chile, onde assinou acordos de cooperação com a presidente Michelle Bachelet.

No Chile, Lula reforçou que o Brasil promoverá o uso do etanol como combustível e que "cooperará para garantir a segurança energética e contribuir para a proteção ao meio ambiente".




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