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CNT: pesquisa revela situação caótica das estradas brasileiras
Do Diário OnLine
23/10/2003 | 21:27
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A Pesquisa Rodoviária da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) de 2003, divulgada nesta quinta-feira, revelou que 82,8% das rodovias que estão sob a administração dos Estados e do governo federal estão classificadas nas categorias deficientes, ruins e péssimas.

Apensar de não ter como comparar os números colhidos neste ano com os de 2002, pois houve uma alteração no método de elaboração da pesquisa, o presidente da CNT, Clésio Andrade, declarou que a situação piorou. De acordo com ele, os investimentos realizados serviram apenas para "tapar" alguns buracos.

Um levantamento feito pela CNT mostra que R$ 7,5 bilhões são necessários para deixar as rodovias brasileiras "trafegáveis". Clésio disse que esse montante pode ser retirado da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), imposto que gera à União uma receita de R$ 10 bilhões.

Ele explicou que, após o alto investimento inicial, os cofres públicos vão sofrer menos, já que serão necessários apenas R$ 2,5 bilhões para a manutenção. Adotando o mesmo discurso do líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), Clésio afirmou que, se nada for feito, outros setores da economia nacional vão sofrer danos.

O estudo analisou 56 mil quilômetros de estradas asfaltadas entre 7 de julho e 1º de agosto. Desse total pavimentado, 1,6% se encontra em estado lastimável, sem a menor condição de tráfego; 21,4% tem trincas e falhas; 17% está com buracos e ondulações; 11,7% apresenta desgaste; e menos da metade (48,3%) está em perfeito estado.

Sinalização - A pesquisa da CNT constatou também que a sinalização nas rodovias está em péssimas condições. Somente 64,1% das placas estão completamente legíveis e 60,6% estão em condições de visualização.

O estudo mostrou que o governo está mais preocupado em pintar as pistas do que investir na sinalização. A linha divisória está visível em 77,9% das estradas, e as laterais estão boas em 64,3%. No entanto, as placas de limite de velocidade só existem em 55,5% dos trechos.




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