Política Titulo Diadema
Lauro vence embate e tira Marcos do páreo
Junior Carvalho
04/08/2018 | 07:31
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Nario Barbosa/DGABC


O prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), conseguiu vencer a queda de braço que vinha travando com o primo, o presidente da Câmara diademense, Marcos Michels (PSB), e contribuiu para inviabilizar a candidatura do socialista a deputado estadual.

Hoje, o PSB homologará a candidatura do vereador diademense Célio Boi a deputado federal, mas não vai confirmar o projeto de Marcos rumo à Assembleia Legislativa, segundo apurou o Diário. O ato servirá para oficializar a candidatura a reeleição do governador Márcio França.

Ainda assim, relataram militantes do partido, Marcos deverá comparecer à convenção do partido na esperança de ser anunciado no microfone como candidato a deputado estadual. O socialista, inclusive, teria mandado confeccionar camisetas com seu nome para que apoiadores utilizem no evento de hoje.

Desde o ano passado, Lauro vinha atuando internamente para que Marcos desistisse de sua candidatura. O projeto arquitetado pelo verde é o de eleger o vice-prefeito Márcio da Farmácia (Podemos) como deputado estadual e a ex-secretária Regina Gonçalves (PV, Habitação) a federal. Inicialmente, o prefeito tentou minar a candidatura de Marcos no convencimento, mas o socialista bateu o pé em concorrer ao pleito paulista.

Nas negociações, Marcos colocava na balança que desde que Lauro iniciou sua empreitada rumo ao Paço de Diadema, na eleição de 2012, sempre atuou como soldado do grupo e ocupou cargos que o primo pediu. Naquele pleito, Lauro se elegeu prefeito e Marcos , vereador. Então no PV, o hoje presidente da Câmara sequer assumiu mandato no Legislativo para gerenciar a Secretaria de Educação e, posteriormente, a chefia de Gabinete. A estratégia visava garantir mandato aos verdes que ficaram como suplentes naquela eleição.

No pleito de dois anos depois, em 2014, Marcos projetou candidatura a deputado com apoio do governo, mas foi preterido. Acabou abrindo mão do projeto próprio para apoiar Márcio, que foi postulante a federal, mas saiu derrotado.
Em 2016, quando foi candidato à reeleição, Lauro atuou para Marcos deixar o PV, assumir a presidência do PSB e garantir a presença do partido no arco de alianças.

Sem apoio de Lauro e da máquina, Marcos se aproximou de vereadores da oposição e deu início ao seu distanciamento do governo.

Além de pedir intervenção de Márcio França para impedir a candidatura de Marcos, Lauro também passou a atrair militantes do PSB e possíveis apoiadores do primo. Na quinta-feira, o socialista tentou sua última cartada ao conversar com o filho de França, o deputado estadual Caio França. A movimentação não funcionou.

Marcos não atendeu aos contatos do Diário. 




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