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Como é formado o cocô?
Tauana Marin
Diário do Grande ABC
05/08/2018 | 07:00
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Os alimentos iniciam grande processo de transformação desde o momento em que os colocamos na boca até que sejam eliminados do corpo por meio do cocô. A primeira – e importante – etapa é a mastigação, uma vez que os dentes trituram a comida com a ajuda da saliva e de algumas enzimas. Quando essa nova ‘pasta’ é engolida, ela irá percorrer todo um caminho por locais como laringe, estômago e intestino até ser eliminada.

O primeiro ponto de parada ocorre quando tudo cai no estômago, que funciona como grande reservatório. É ali onde o bolo alimentar fica por determinado tempo se misturando com o suco gástrico e enzimas digestivas (líquidos que ajudam a processar ainda mais os alimentos).

Em seguida, é a vez do intestino delgado, grande o bastante para ter entre quatro (nas crianças) e seis metros (em adultos). O órgão tem missão de absorver os alimentos junto a mistura de outras enzimas como, por exemplo, a bile que vem do fígado. A etapa seguinte coloca a ‘pasta’ no intestino grosso, tubo onde ficam os ‘restos’, caso das fibras.

É nessa hora que parte da água contida acaba reabsorvida pelo corpo, o que, por inusitado que pareça, deixa as fezes mais duras. Lembrando que os alimentos ingeridos são fundamentais para nos hidratar como fontes de líquidos além das bebidas.

Toda a ação dura de 18 até 72 horas e trata-se de processo contínuo. Quando o cocô está completamente formado, o corpo começa a nos ‘avisar’ que ele deve ser eliminado, por isso sentimos vontade de ir ao banheiro.

Bebês recém-nascidos, por exemplo, evacuam cada vez que mamam, uma vez que o corpo das crianças está em fase de adaptação com o alimento (até então, enquanto estava na barriga da mãe, era alimentado pelo cordão umbilical). Com o tempo, as fezes passam a ficar mais sólidas, principalmente por conta da ajuda do leite. Nesse fase, há casos de bebês que ficam até sete dias sem evacuar. O comum é que uma criança já crescida vá ao banheiro para fazer o ‘número 2’ de uma a duas vezes por dia.

É importante ficar de olho na qualidade do cocô. O ‘ideal’ é que ele seja liso e não tenha dificuldades para sair. Quando se faz bolinhas duras e rachadas é sinal de ressecamento, ou seja, falta de verduras e frutas na alimentação. Consumir bastante água pode ajudar o bolo fecal a ficar mais maleável.

Mais de um trilhão de bactérias moram no intestino grosso. Elas auxiliam o corpo no processo de absorção dos alimentos e formação das fezes. Também são responsáveis pelo forte cheiro do cocô, característica influenciada também por alimentos que fermentam, caso do repolho

Consultoria de Sabrina Bortolin Nery, médica gastroenterologia pediátrica e diretora clínica do Sabará Hospital Infantil, de São Paulo. 




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