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Temer convida Paulo Skaf para ingressar no PMDB
19/02/2011 | 08:35
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O vice-presidente da República, Michel Temer, hoje uma das principais lideranças do PMDB no País, reforçou ontem o convite para o empresário Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), ingressar no seu partido. As conversas sobre o assunto começaram há dias, mas foi só ontem que Temer disse pessoalmente ao empresário, filiado ao PSB desde o ano passado, que gostaria de vê-lo no PMDB. "Ele me disse que as portas estão abertas", afirmou Skaf.

O presidente da Fiesp tem pensado e conversado intensamente sobre o assunto, como admitiu a jornalistas logo após o encontro, mas ainda não se decidiu. No momento sua preocupação maior é o processo eleitoral na Fiesp, no qual concorre outra vez à presidência.

"Não tenho nada a reclamar do PSB e tenho de agradecer ao PMDB por ter esse gesto de deixar as portas abertas para mim", disse. De modo evasivo, também afirmou que "o futuro a Deus pertence" e que "na política não é proibido conversar".

A transferência de Skaf do PSB para o PMDB está ligada à estratégia de Temer de lançar um candidato majoritário à Prefeitura de São Paulo em 2012. O presidente da Fiesp, que concorreu pelo PSB ao Palácio dos Bandeirantes no ano passado e teve mais de um milhão de votos (5% dos válidos), não vive uma situação muito confortável em seu partido. Entre outras coisas, não tem bom relacionamento com o deputado federal Gabriel Chalita, o segundo mais votado do Estado e que também pleiteia concorrer a prefeito de São Paulo.

O fator Kassab

A mudança para o PSB também estaria relacionada aos planos do atual prefeito, Gilberto Kassab (DEM). Em conflito com a direção de seu partido e interessado em se abrigar numa legenda que lhe dê maior visibilidade, Kassab poderia se transferir para o PSB, onde seria a principal liderança paulista, ofuscando Skaf e preparando sua provável candidatura ao governo do Estado em 2014, outro projeto futuro do empresário. Ou seja, ambos querem o mesmo espaço. Skaf negou ontem que a possível filiação ao partido do vice-presidente estaria relacionada aos projetos de Kassab. "Não vejo inconveniente, absolutamente. Se essa for a decisão do prefeito e do PSB, eu vou ficar muito feliz", disse. "Quanto mais fortes os partidos políticos estiverem melhor."

A movimentação no PMDB para atrair Skaf começou no final do ano passado, logo após a morte de Orestes Quércia, que controlava a legenda no Estado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.




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