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Caixa aumenta nota fiscal de S.Caetano, que projeta recursos

Rating sobe para BBB com medidas de austeridade; Auricchio pedirá US$ 50 milhões para banco latino

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
25/07/2018 | 07:40
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Nario Barbosa/DGABC


A Caixa Econômica Federal elevou a nota fiscal da Prefeitura de São Caetano para ‘BBB’, conceito que permite à administração municipal a contrair empréstimos para financiamentos sem a necessidade de crivo do Congresso Nacional. O rating só é inferior ao conceito A.

A instituição financeira informou ao governo do prefeito José Auricchio Júnior (PSDB) nesta semana a nova classificação. No início do mandato, de acordo com o tucano, a nota era ‘D’, o que forçava a aprovação prévia do Senado para operações financeiras que a Prefeitura porventura viésse a solicitar para investimentos.

Com a nova nota, a administração de São Caetano vislumbra pedido de recursos para a CAF (Corporação Andina de Fomento), banco de fomento da América Latina, no valor de US$ 50 milhões (R$ 187,16 milhões, na cotação de ontem), para obras de saneamento e drenagem ou Mobilidade Urbana. “Estamos com a melhor nota do Grande ABC e de toda Região Metropolitana. Seguramente, com uma das melhores do País”, argumentou Auricchio.

Em saneamento, a ideia é modernizar as redes antigas e executar intervenções de drenagem, em especial na região da Avenida Guido Aliberti. Para mobilidade, o aporte serviria para revitalização completa do terminal rodoviário, ampliação do sistema cicloviário e troca de recapeamento das principais vias da cidade.

Auricchio celebrou o novo conceito ofertado pela Caixa. “Essa nota é consequência de todas as medidas de austeridade que adotamos, todo ajuste fiscal promovido. Mostra que estávamos no caminho certo quando decidimos adotar essas medidas. O ano de 2017 foi duríssimo, choque de gestão nunca é fácil. Você sacrifica fornecedores, quadro de funcionários. Mas o resultado está aí. Foram dois anos que pagamos a conta e agora temos tudo para crescer.”

Entre as ações de austeridade financeira estavam o congelamento das despesas e melhoria dos mecanismos de arrecadação, segundo o secretário da Fazenda, Jefferson Cirne da Costa (PSDB). “Congelamos o Orçamento em 21% logo que o mandato teve início e vimos que precisaríamos aplicar para 26%. O prefeito também determinou a reavaliação de todos os contratos, com redução dos valores na ordem de 20% a 30%. Revimos as horas extras, adotamos o nosso programa de recuperação da dívida ativa, a nossa nota fiscal municipal. Com essa nota da Caixa, a cidade passa por um divisor de águas.”

Conforme Jefferson, a redução no volume de despesas e o aumento do poder de arrecadação sem a necessidade de aumento de carga tributária permitiram que São Caetano tivesse uma poupança orçamentária da ordem de 17% – segundo dados do Portal da Transparência, esse percentual é equivalente a R$ 215,5 milhões pelo Orçamento do ano passado. “Poderíamos ter investido, mas optamos por pagar dívidas de curto prazo e acertar a casa”. Ele também citou que a adoção de modelo de compra de medicamentos via Banco de Preços em Saúde, do Ministério da Saúde, auxiliou no corte de custos e melhora no rating.

“Se você perguntar qual é a marca que quero deixar para São Cetano no terceiro mandato, digo que o meu legado é deixar uma cidade equilibrada, pronta para crescer. É o bico do avião para cima, agora é só acelerar”, finalizou Auricchio.  




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