Política Titulo
Auricchio trabalha
para evitar racha
Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
27/12/2010 | 08:24
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DIÁRIO - Qual será o ritmo dos dois últimos anos de trabalho? Você planeja deixar alguma marca?

JOSÉ AURICCHIO JÚNIOR - É trabalhar acelerado. A ênfase que eu pedi para os funcionários é trabalho. Expliquei da dificuldade orçamentária, expliquei que não quero contaminar a administração com tema político. Por isso precisamos do trabalho. A marca é melhorar a vida das pessoas. É obvio que você tem que continuar trabalhando no combate às enchentes, que foi um grande foco de investimentos. Não vamos deixar isso despercebido. Continuar investindo em programas de habitação social, com todas as dificuldades próprias do município. Fomentar o desenvolvimento econômico da cidade com a atração de novas empresas. A chegada do shopping, que será o maior da região. A chegada do São Luiz, uma marca do setor suplementar de saúde, quem não quer ter na sua cidade? É muito ganho para a população em um curto espaço de tempo. Temos um biênio fadado a ser coroado com êxito do que plantamos lá atrás.

DIÁRIO - A eleição do Sidão à presidência da Câmara quebrou a sequência do PTB no posto. Por que o governo fechou com ele?

AURICCHIO - Não vejo com olhar de perdas ou ganhos. Somos do mesmo grupo. Tanto que o Sidão teve 11 dos 12 votos. O PT apresentou candidatura alternativa, que teve o voto do Edgar (Nóbrega). Óbvio que o PSB é a segunda bancada da Câmara, mas foi meramente coincidente. Como poderia ter sido um companheiro de outro partido, que não o PTB. O Sidão reuniu as condições necessárias. O PSB é um partido em crescimento em São Caetano, não podemos negar. Cresceu em número de bancada, em número de votos e filiados. Reflete o crescimento geral do PSB. No Estado e no País, saiu como a terceira grande força do processo eleitoral. Tem na figura do governador Eduardo Campos (Pernambuco) uma grande dor de cabeça para o Aécio (Neves, PSDB) começar a pensar.

DIÁRIO - A escolha dele foi uma forma de evitar um possível atrito dentro do grupo?

AURICCHIO - Primeiro que foi uma eleição interna em que ficamos de expectador. Não temos a intenção de direcionar a eleição do Legislativo. A gente pode observar, sugerir e comentar. Acho que o Sidão é um vereador experimentado, que está em terceiro mandato e faz parte do nosso grupo. Tenho um apreço pessoal grande por ele, é um sujeito comprometido com São Caetano. Vejo com muita satisfação a eleição do Sidão.

DIÁRIO - A tendência de racha no grupo governista é real? O senhor tem trabalhado para evitar?

AURICCHIO - Onde eu puder trabalhar para evitar, naturalmente vou trabalhar. Eu acho que é extemporâneo a gente pensar em racha, ou associação, isso está fora. Pedi para o meu pessoal focar 2011 com trabalho. Se a gente deixar o tema eleitoral permear, a gente perde um ano de governo. É ruim para a cidade. Os quadros políticos têm ansiedade em articular, combinar, é natural. A vai ser vice de B, B vai ser vice de C. Se B e C não se derem vão juntar com D. A coisa tende a caminhar, em 2012, para... eu entendo que o nosso adversário tradicional é o PT. Percebemos que eles estão se movimentando nesse sentido. Agora, no grupo da gente, é conversar, construir.

DIÁRIO - O ex-vereador Hamilton Lacerda voltando para o PT de São Caetano reforça a oposição?

AURICCHIO - Hamilton é um quadro importante, mas não sei se ele retorna. A última vez que estive com ele, me colocava que tinha tendência de que estava estudando retornar. Mas o Edgar é hoje uma liderança do PT, indiscutível.

DIÁRIO - O melhor momento para anunciar o sucessor já foi definido?

AURICCHIO - Em 2012, né? É o ano para se discutir política. Passando o Carnaval, quando começamos a ter foco, aí teremos a Olimpíada, o que rouba um mês das discussões.

DIÁRIO - Regina Maura é uma das cotadas?

AURICCHIO - Olha, é uma dentre vários que existem. Não excluo nem incluo nenhum nome nesse momento. Acho que o Legislativo, o Executivo, a sociedade civil têm bons nomes a oferecer. Então, a gente isolar uma discussão desse porte a um nome, dois, ou três, que sejam, é empobrecer a discussão.

DIÁRIO - Qual a sua avaliação do retorno de Antonio de Pádua ao cenário político e com intenção de ser candidato a prefeito pelo PTB?

AURICCHIO - Aí não compete a mim. O PTB vai discutir isso com a Executiva estadual e municipal. O que entenderem que é melhor para o PTB, vamos apresentar.




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