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São Paulo empata com Cruzeiro e complica situação
Edélcio Cândido
Do Diário do Grande ABC
07/07/2002 | 22:07
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A esperança de um São Paulo turbinado já com os pentacampeões Rogério Ceni e Kaká, além dos retornos de Gabriel e Luís Fabiano, não passou de um sonho de verão. O São Paulo saiu na frente com gol de Luís Fabiano (35 minutos), mas foi surpreendido ao 45 do primeiro tempo (gol de Ricardinho) e ficou no empate contra o Cruzeiro por 1 a 1, domingo à tarde, no Machadão, em Natal. O empate não foi nenhuma tragédia, mas agora o time do Morumbi está em situação mais difícil no Grupo C da Copa dos Campeões.

“Nada está perdido. Agora, a esperança é vencer bem Grêmio no sábado, de preferência por dois ou mais gols de diferença”, disse o técnico Oswaldo de Oliveira. O time do Vitória (4 pontos) e Cruzeiro (2) jogam domingo. Rogério Ceni deixou o campo com um belo troféu e fez questão de explicar: “Ganhei do pessoal do Corpo de Bombeiros. Achei uma bonita atitude deles e vou levá-lo com carinho. É uma pena que deixamos escapar a vitória diante do Cruzeiro, mas ainda há chance”, afirmou Ceni.

Jogo morno – Paulistas e mineiros maltrataram a bola nos primeiros 45 minutos. Se o Cruzeiro errou 24 passes e fez 22 faltas, o Tricolor distribuiu 14 lances sem direção e cometeu 16 infrações. Apesar de tudo, o São Paulo esteve melhor em campo, Kaká deu maior mobilidade ao meio-campo, e o time marcou aos 35. Isto em função de um pênalti infantil do zagueiro Cris em Luís Fabiano, que cobrou e fez 1 a 0. Para a zaga cruzeirense, o pênalti “foi esquisito”.

Aos 38 minutos, Fábio Simplício obrigou o goleiro Jefferson a fazer boa defesa. Nos contragolpes, o Cruzeiro também oferecia perigo, mas chutava mal. Rogério Ceni quase não trabalhou na partida. Quando tudo parecia definido na etapa inicial, o São Paulo foi surpreendido. O time mineiro conseguiu o empate aos 45 minutos, com o meia/atacante Ricardinho, e a zaga são-paulina ficou olhando a jogada para desespero de Rogério Ceni. “Agora, é brigar para tentar reverter o resultado. Sofremos um gol inesperado”, disse o lateral Gabriel.

Preocupação – O jeito preocupado do técnico Oswaldo de Oliveira na beira do campo evidenciou sua preocupação com o futebol inofensivo do Tricolor no segundo tempo. O time trocava muitos passes atrás, pelo meio, mas não encontrava espaços para penetrar, exceção com jogadas isoladas de Kaká. O Cruzeiro já estava melhor no confronto. Mesmo assim, logo em seguida, o goleiro Jefferson fez a maior defesa do jogo num chute de Luís Fabiano ao evitar um gol quase certo.

Nem Kaká suportou ficar muito em campo e cedeu lugar para Adriano. “As comemorações foram muitas, e houve um certo desgaste, além do problema do fuso horário. Você não dorme direito, dói todo o corpo”, afirmou Kaká, ao sair de campo. No primeiro arranque Adriano quase marcou. O Cruzeiro também cansou por volta dos 37 minutos, e recuou o meio-campo. Os números que impressionavam eram de que até os 40 já tinham sido contabilizados 56 faltas – por parte das duas equipes, bem acima da médias de uma partida normal.




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