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Bush afirma que manter sigilo é necessário para lutar contra inimigo
Da AFP
16/12/2005 | 19:48
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O presidente americano, George W. Bush, disse que não comentará as informações sobre escutas telefônicas sem autorização judicial porque o sigilo é uma condição para lutar contra os inimigos terroristas.

Em sua primeira reação à publicação dessas informações, o presidente Bush afirmou a necessidade de sigilo em atividades de espionagem para justificar seu silêncio, mas assegurou que sempre respeitou a lei.

"Nós não comentamos as operações de inteligência realizadas com o objetivo de proteger o país", disse, segundo a transcrição de uma entrevista ao canal de TV PBS, na primeira reação pública à polêmica sobre o papel da NSA (Agência Nacional de Segurança) na espionagem de americanos e estrangeiros nos Estados Unidos.

"É importante não revelar estas informações porque estamos numa guerra contra um inimigo que continua a nos atacar. Não revelamos as fontes ou os métodos", disse Bush, acrescentando que "há um inimigo que gostaria de saber exatamente o que estamos fazendo para detê-lo".

Bush afirmou que com medidas que “protegem o povo americano”, são tomadas de acordo com a lei. E as decisões que forem tomadas estarão de acordo com a obrigação de proteger as liberdades cívicas do povo americano".

"Os americanos querem saber duas coisas. Uma, se fazemos todo o possível para proteger nosso povo. E duas, se protegemos as liberdades civis enquanto o fazemos. E minha resposta a ambas as perguntas é sim", assegurou o presidente.

Segundo o jornal The New York Times publicado nesta sexta-feira, o presidente assinou em 2002 uma ordem que permite à NSA, a agência mais secreta do país, escutar as conversas telefônicas e ler as mensagens eletrônicas de centenas e talvez milhares de pessoas nos Estados Unidos e no exterior, sem autorização judicial.

Altos assessores de Bush também se negaram nesta sexta-feira a confirmar ou negar a informação. Segundo o jornal, a NSA escutou até agora 500 pessoas nos Estados Unidos e entre 5 mil e 7 mil no exterior, todos suspeitos de estarem vinculados ao terrorismo.




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