Economia Titulo Fabricantes de bebidas
Demitidos da Dolly têm problema com FGTS

Empresa contratante mudou de nome de CBR para Ecoserv, e valor recolhido não foi identificado

Soraia Abreu Pedrozo
do Diário do Grande ABC
05/07/2018 | 07:07
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Os funcionários demitidos da fabricante de bebidas Dolly ainda não receberam o valor da rescisão do contrato de trabalho nem o dos salários atrasados. Além disso, conforme alguns deles relataram ao Diário, ao dar entrada no FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), não conseguiram sacar o valor total por problemas no recolhimento do benefício.

Trabalhadores contratados inicialmente pela empresa CBR, que em dezembro do ano passado mudou sua razão social para Ecoserv, tiveram problema com os valores oriundos da primeira empresa. “Eu tenho o equivalente a R$ 6.500 para receber do FGTS pago pela CBR, mas que o banco não localiza. Ele disponibilizou apenas R$ 700 depositados pela Ecoserv. Mas eu trabalhei cinco anos para a Dolly, independentemente do nome da empresa do grupo que me contratou, e tenho direito a esses valores”, desabafa uma das demitidas, que, além disso, ainda não recebeu o montante referente aos salários atrasados desde 18 de maio.

“No dia 18 de junho recebemos um telegrama informando sobre a demissão, e que no dia 28 deveríamos assinar a rescisão para ter a baixa na carteira de trabalho e poder dar entrada no seguro-desemprego. Não tivemos opção e assinamos sem receber”, relatou outro ex-funcionário.

Questionada, a Dolly informou que, de fato, faltavam alguns documentos a serem enviados ao banco, por parte da CBR, pois ela havia encerrado as suas atividades. “A situação foi regularizada na segunda-feira. O banco já está chamando as pessoas por ordem alfabética. Elas serão atendidas de acordo com a capacidade de atendimento da agência”, disse a empresa, em nota.

Em relação aos salários atrasados e ao valor da rescisão, ainda não há a informação de quando serão pagos. E quanto à expectativa de recontratar alguns demitidos – na região foram 368 entre a fábrica de Diadema e o centro de distribuição de São Bernardo e, em Tatuí, a empresa foi fechada e 700 perderam o emprego –, isso ainda não aconteceu. 




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