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Mantega defende maior regulação do sistema
23/04/2010 | 07:00
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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem que a reunião que teve com o secretário do Tesouro norte-americano, Timothy Geithner, foi apenas para falar sobre a reforma financeira dos Estados Unidos proposta pelo governo Barack Obama e que vem sendo defendida com muito empenho por Geithner.

"Vejo com simpatia a proposta de reforma nos Estados Unidos e falei para ele que apoio também reforma em nível mundial e quero tratar desse assunto na reunião com líderes do G-20 em junho", afirmou o ministro, na saída do departamento do Tesouro, antes de seguir para a reunião ministerial com o G24, que será presidida por ele, no FMI (Fundo Monetário Internacional).

Para Mantega, os Estados Unidos precisam de maior controle do sistema de derivativos, para evitar problemas como os do Goldman Sachs, de maior transparência das transações feitas pelos bancos e da diminuição das transações de balcão. Ele também apoia taxação maior sobre os bancos do país norte-americano para operações mais arriscadas, mas disse que uma taxação maior em outros países deve levar em conta a realidade do sistema financeiro local.

"É preciso adequar a taxação às necessidades de cada país, mas acho que o mundo está maduro para maior regulação", afirmou, acrescentando que defende a criação de Basileia III, tratado que substituiria o Basileia II, elevando as exigências de transparência dos bancos e aporte de capital, dependendo do tipo de operação.

O ministro ressaltou, no entanto, que o Brasil não tem a necessidade de regras ainda mais rígidas por já possuir regulação bancária forte, quase não ter transações de balcão e não ter tido os prejuízos causados pelos bancos durante a crise, como ocorreu nos Estados Unidos e Europa.

Mantega descartou ainda que o governo possa aumentar a taxação sobre o fluxo de capital estrangeiro.




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