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Especulação e comércio esvaziam imóveis em SP
04/06/2011 | 08:30
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Responda: qual é a região de São Paulo que concentra mais imóveis vazios? Ainda que a resposta mais comum seja o centro, os dados do Censo de 2010 mostram o contrário. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), bairros nobres como Jardim Paulista, Vila Mariana, Itaim-Bibi e Moema têm mais domicílios desocupados que qualquer outro da região central. No total, a capital tem 353 mil imóveis vazios.

O centro paulistano é a área da cidade que tem menos imóveis vazios - são apenas 33.272, cerca de três vezes menos que os 104.946 da líder do ranking, a região sul. Entre os distritos centrais, o que tem mais casas e apartamentos desocupados é Bela Vista. Já a liderança entre os bairros fica com o Sacomã, na zona sul.

As razões para esses fenômenos são variadas. Em primeiro lugar, houve um movimento de retorno ao centro nos últimos dez anos, alavancado pela expectativa de revitalização de áreas consideradas degradadas. Já explicar o que acontece nos distritos nobres é um pouco mais difícil. Uma hipótese levantada pelo IBGE é o processo de transição pelo qual passam Jardim Paulista e Vila Mariana.

"Esses são locais que antes eram majoritariamente residenciais, mas cada vez mais estão ganhando características comerciais. Em circunstâncias assim, é normal encontrar imóveis que ficaram vagos e estão à procura do primeiro locador comercial. No recenseamento, vimos muito isso na Vila Mariana, até por causa das universidades que estão abrindo ali", diz Jefferson Mariano, analista socioeconômico do IBGE.

Especulação. O diretor da Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp), Luiz Paulo Pompéia, diz que esse fator pode influenciar, mas não é o único determinante. "A explicação mais provável é que os apartamentos lançados estejam provocando bastante interesse por parte de investidores." Assim, empreendimentos em bairros como Itaim-Bibi e Moema estariam sendo adquiridos para, num momento posterior, serem vendidos a futuros moradores por preços maiores. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.




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