A Câmara de Mauá aprovou a revisão de pontos da taxa do lixo em mais uma sessão com manifestação popular contra o tributo. Com o placar de 13 votos favoráveis ao projeto e nove contrários, o resultado mostra vitória apertada da prefeita interina Alaíde Damo (MDB).

Com plenário cheio e clima tenso, os vereadores tiveram de encarar munícipes vestidos com camisetas que pregavam a extinção do imposto, criado no fim do ano passado. Vaias foram endereçadas aos parlamentares. O vereador Manoel Lopes (DEM), que tentou na tribuna explicar como funcionaria a nova cobrança, foi um dos mais hostilizados. “Quero que vocês me ouçam antes de me xingar”, disse o parlamentar. Não obteve sucesso.

O vereador Gil Miranda (PRB), que na semana passada afirmou que votaria contra alterações no tributo, mudou o voto e seguiu os governistas na aprovação.

Caso o Legislativo mantenha o parecer na próxima sessão, casas que produzem até 10 metros cúbicos de lixo passarão a pagar R$ 8,91 ante R$ 10,20 que são cobrados atualmente. Entre 10 e 20 metros cúbicos, o valor cairá de R$ 20,56 para R$ 17,95. Os munícipes que estão na faixa entre 20 e 50 metros cúbicos terão de desembolsar R$ 27,01 (hoje depositam R$ 47,10). Já os que estão na categoria de 50 a 400 pagarão R$ 60,02 (atualmente quitam R$ 195,71). Na última faixa, de 400 ou mais metros cúbicos, os munícipes irão pagar R$ 5.649, contra R$ 6.288,14 vigentes.

Para chegar a esses números, o governo Alaíde se comprometeu a aumentar o subsídio municipal, que demandarão R$ 500 mil por mês do Orçamento do Paço.

A extinção da autarquia Hurbam (Habitação Popular e Urbanização de Mauá) também entrou na votação. Com o fim do órgão, a previsão de economia é de R$ 7,8 milhões até 2020. Estão previstos ainda o fim de outros gastos, com redução de contratos de serviços e materiais de consumo e corte das despesas com pessoal e encargos.