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Trabalhadores terceirizados intensificam paralisação

Na unidade andreense da Braskem, 1.100 profissionais da manutenção cruzam os braços

Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
27/06/2018 | 07:29
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A greve dos trabalhadores terceirizados que prestam serviços na área de manutenção industrial na unidade da Braskem, em Santo André, iniciada na segunda-feira, continua com mais força. A paralisação, que agora conta com praticamente 100% dos 1.100 funcionários, teve outra rodada de negociações ontem, mas sem sucesso.

A nova proposta feita pelas seis empresas responsáveis pelo contrato de trabalho manteve o reajuste salarial em 2,5% e elevou o benefício do vale-alimentação de R$ 640 para R$ 650 mensais, em relação ao oferecido anteriormente. De acordo com o diretor social do Construmob (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário em Santo André, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra), Mauro Coelho, o principal ponto discordado pelos funcionários é relacionado ao plano de saúde.

“A única questão que avançou foi a redução do valor do pagamento para os dependentes, de R$ 64 para R$ 50 (custo arcado pelo funcionário) por pessoa. Os trabalhadores pediram para avançar nesta proposta e recusaram o que foi apresentado. Isso porque as empresas trocaram a assistência médica sem comunicar os trabalhadores (há cerca de 30 dias). Antes não tinha esse módulo de co-participação no convênio, em que precisam custear cada consulta médica em R$ 25 por vez que usar. Quem usa muito, acaba pagando mais”, explica Coelho.

Segundo ele, nova assembleia deve ser realizada na manhã de hoje. Porém, as negociações com as companhias só devem ser retomadas amanhã.

A Manserv, de São Caetano, responsável pela maioria dos contratos de trabalho (cerca de 700) afirmou, por meio de nota, que dialoga com o sindicato representante da categoria. “A proposta da empresa será apresentada amanhã (hoje) em assembleia conforme acordado com a entidade representante dos colaboradores.”

Já a Braskem disse que acompanha de perto a evolução da negociação entre as empresas e os trabalhadores e espera que as partes cheguem a um entendimento o quanto antes. 




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