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Fruta de sobremesa é mais cara em Sto.André do que na média do País

Opção custa cerca de R$ 7,45 em restaurantes andreenses, enquanto a média nacional é em torno de R$ 6,99

Flavia Kurotori
Especial para o Diário
26/06/2018 | 07:19
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THIAGO GOMES / AGÊNCIA PARÁ/Fotos Públicas


Quem almoça em Santo André e opta por comer uma fruta ou salada de frutas gasta cerca de R$ 7,45 com a sobremesa. No entanto, o valor é 6,58% maior do que o praticado na média nacional, de R$ 6,99, e também é 5,52% mais cara do que na Capital, onde a opção saudável é encontrada por R$ 7,06. As informações são do levantamento +Valor da ABBT (Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador) em parceria com a Ticket, empresa de benefícios de refeição e alimentação.

Os preços praticados em Santo André, no entanto, não refletem a realidade das outras cidades da região. Por exemplo, consumir frutas após as refeições em restaurantes de Diadema custa R$ 5,59, ou 20,02% mais em conta do que na média do País e 20,82% mais barato do que na vizinha Capital. Trata-se do menor valor das quatro cidades do Grande ABC que constam na pesquisa. Nos estabelecimentos são-bernardenses, por sua vez, a sobremesa é encontrada a R$ 6,44, e nos são-caetanenses, a R$ 6,61. Dessa forma, o valor médio das frutas em restaurantes da região é de R$ 6,52 – 6,72% menor que a média brasileira. O gasto representa 21% do preço total da refeição gira em torno de R$ 31,51.

Na avaliação do coordenador do curso de Administração do Instituto Mauá de Tecnologia Ricardo Balistiero, um dos fatores que impactam no custo é a renda do morador das sete cidades, superior ao cenário nacional. Para se ter ideia, o rendimento médio per capta no País foi de R$ 1.268 em 2017, conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No mesmo ano, a renda por pessoa na região chegava a R$ 1.366 – R$ 98 ou 7,72% maior –, segundo informações da Pesquisa Socioeconômica do Inpes/USCS (Instituto de Pesquisa da Universidade Municipal de São Caetano).

“Na região Sudeste como um todo, os estabelecimentos pagam mais caro pelos alimentos e, consequentemente, o consumidor acaba desembolsando mais”, afirma a gerente de produto da Ticket, Vivian Yushiura Ramos. No Rio de Janeiro, por exemplo, o valor médio da sobremesa saudável é de R$ 7,98 – o mais caro do País, seguido por Vitória (Espírito Santo), R$ 7,96. Santos (Litoral), com R$ 7,32, aparece logo atrás de Santo André. “Em outras regiões do País, os custos são bem menores”, completa.

“Os restaurantes tradicionais sempre tiveram como opção de sobremesa frutas ou salada de frutas, mas, nos últimos tempos, estabelecimentos por quilo também estão apresentando mais opções desse tipo. E os preços variam muito de acordo com o perfil da casa”, destaca Roberto Moreira, presidente do Sehal (Sindicato das Empresas de Hospedagem e Alimentação do Grande ABC).

Moreira lembra que o País é o quarto maior mercado de alimentos saudáveis do mundo, tendo crescido 98% entre 2009 e 2014, movimentando US$ 35 bilhões por ano, segundo pesquisa Euromonitor. “Cada vez mais, a população busca por alimentos sem gordura e açúcar, além daquelas pessoas que não podem consumir doces, como os diabéticos”, cita.

Em sinergia, pesquisa +Valor da ABBT e da Ticket aponta que 53% dos clientes optavam por frutas ou salada de frutas após a refeição em 2016. No ano passado, porém, esta parcela subiu para 59%, no mesmo período em que o consumo de verduras e legumes passou de 52% para 62% nos estabelecimentos, indicando aumento na busca dos brasileiros por alimentação balanceada. 




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