O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, reagiu sábado indignado às declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva,  que comparou a oposição aos nazistas e a Hitler. “O que precisa ficar claro é que Lula é um enganador”, afirmou o tucano, ao chegar para uma caminhada em Cascavel (CE).

Para ele, são “totalmente descabidas, fora de cogitação, sem o menor cabimento” as declarações feitas por Lula na véspera, em encontro com evangélicos. “Quem tem um perfil autoritário é esse governo, que tenta controlar a imprensa, criar a Ancinav (Agência Nacional do Cinema e do Audiovisual) e tem o cuecão e o mensalão”, acusou. “Quem tem DNA autoritário é o governo Lula e o PT.”

Alckmin voltou a bater duro depois da caminhada. Em discurso, disse que Lula não fez nada para melhorar a vida das pessoas e o País precisa “de menos discurso e mais resultado”.

O presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), usou ironia. Disse que a grande obra do governo Lula no Ceará foi “dólar na cueca”, referindo-se à prisão, em julho de 2005, do então líder do PT estadual José Adalberto Vieira da Silva em São Paulo com R$ 200 mil em uma mala e US$ 100 mil na cueca. Adalberto era assessor do deputado estadual José Nobre Guimarães (PT), irmão do ex-presidente do PT José Genoino.

Tasso fez pouco do Bolsa-Família e afirmou que as famílias querem mais. “O Ceará não vai viver eternamente em cima do Bolsa-Família.” Alckmin prometeu ampliar o programa e, feliz com a receptividade em Cascavel, disse que sentia “o clima da grande arrancada” de sua campanha.