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Corinthians e Palmeiras unidos?
Marília Ruiz
Diário do Grande ABC
24/05/2009 | 09:46
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Do começo e até meados do século passado, uma rua do bairro paulistano do Brás dividia os italianos verdes dos espanhóis alvinegros.

A rivalidade, romântica e até ingênua para os dias de hoje, cresceu, explodiu, perdeu o norte e até mesmo a razoabilidade.

O que era divertido virou ignorância, violência, crime.

"Corinthians e Palmeiras, eternos rivais, mas não inimigos." Esse é o novo slogan da parceria Andrés Sanchez e Luiz Gonzaga Belluzzo, neste ano eleitos para comandar dois dos maiores clubes do Brasil.

A ideia dos dois dirigentes novatos em seus cargos é ganhar com a rivalidade. "Quando a bola rola, eu quero com todas as forças que o Palmeiras perca. Mas, nos bastidores, trabalhando juntos, podemos ganhar mais", deu o tom Sanchez ao começar a contar os planos de maximizar os ganhos com o Dérbi.

E por planos entende-se uma lista de iniciativas, cujo pontapé inicial foi dado no Campeonato Paulista com a criação do troféu Osvaldo Brandão, que será colocado em disputa sempre que as equipes se enfrentarem (qualquer que seja o torneio).

Mas o objetivo é bem mais ambicioso do que a lúdica disputa esportiva por uma taça que leva o nome de um técnico que fez história em ambos os parques: vai de dar "exemplo" de comportamento cordial e, principalmente, rechear os cofres de dinheiro.

Por isso já ficou decidido que as equipes não se enfrentarão mais (pelo menos durante a gestão Sanches e Belluzzo) no são-paulino Morumbi.

"Ganhamos mais dinheiro jogando fora de São Paulo. Ou no Interior, fora do Estado. Ou até fora do Brasil", contou o presidente palmeirense.

Fora do Brasil? Sonho mais difícil de ser realizado ainda neste ano - por mais que executivos da Traffic estejam trabalhando com afinco nos bastidores da CBF para conseguir levar o evento para Miami (Estados Unidos).

Fora de São Paulo? Também não é dos sonhos mais fáceis, mas corintianos e palmeirenses (que já têm na gaveta convites de duas cidades do Interior) tentam viabilizar a transferência dos dois clássicos do Brasileiro para Brasília (convite do governo do Distrito Federal), uma cidade do Paraná ou Rio de Janeiro (a menina dos olhos dos departamentos de marketing rivais: levar a maior rivalidade do País para o maior estádio).

"Nosso bom relacionamento faz bem para os clubes, para o futebol, para a torcida. É interessante que os torcedores enxerguem que as diretorias trabalham juntas, mas mantêm a rivalidade sadia. Não somos inimigos. Corinthians e Palmeiras juntos fazem o maior jogo do mundo", finalizou sem comedimento o presidente corintiano.




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