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Golpe ao vivo

Banda paulistana lança disco pelos 30 anos de carreira e toca amanhã em São Caetano

Vinícius Castelli
07/06/2018 | 07:00
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Cris Teixeira/Divulgação


Quem vivenciou o rock brasileiro nos anos 1980 e 1990, principalmente no Grande ABC, deve ter visto shows inesquecíveis e abarrotados da banda paulistana Golpe de Estado. Entoando canções como Caso Sério e Quantas Vão, conquistou multidões. Depois do sucesso sofreu a separação de sua formação original e, tempos depois, sentiu a morte do guitarrista Hélcio Aguirra, em 2014.

Fato é que entre tempos de glória e outros turbulentos a banda se reinventou, segue firme na comemoração de três décadas de estrada e apresenta o disco Golpe de Estado Ao Vivo 30 Anos (R$ 40, em média), gravado em São Paulo em 2017.

Com time que conta com Nelson Brito (contrabaixo) – único da formação original –, João Luiz (voz), Marcelo Schevano (guitarra) e Roby Pontes (bateria), o Golpe divulga o lançamento com show em São Caetano amanhã, a partir das 21h, no Teatro Paulo Machado de Carvalho (Al. Conde de Porto Alegre, 840). As entradas custam R$ 40 e R$ 80 e podem ser compradas pelo site www.bilheteriaexpress.com.br e nas bilheterias do local.

O grupo ilustra o repertório do espetáculo com clássicos como Olhos de Guerra, Terra de Ninguém, Onde Há Fumaça Há Fogo e Cobra Criada, todos presentes no disco ao vivo. Segundo Nelson, “haverá muita surpresa no show”. Catalau, cantor da fase clássica da banda e que faz participação especial no disco, também sobe ao palco amanhã. “Darei o meu melhor, pois recebo o melhor ali, tanto do público quando da banda”, diz.

Para Nelson, dividir esses momentos com Catalau está sendo uma bênção. “A gente nem pensava se era possível, se estaria a fim. Quando falamos com ele a resposta foi: ‘Por que não me chamaram antes, é claro que eu iria’. Toda vez é superemocionante estar com ele e olhar sua cara no palco. O tempo passou, mas muita coisa não se perdeu”, acredita.

Esta, aliás, pode ser uma das últimas participações do cantor com o Golpe, pois está prestes a se mudar do País. “Para mim todo show é show. Não tem despedida. Para mim não tem gosto diferente. Mais uma vez fazer rock and roll com esses meninos é oportunidade única”, afirma Catalau.

Feliz com o atual momento do grupo, Nelson comemora 30 anos de rock. “É um privilégio levar essa banda para a estrada e ter um time desses, com muita gana. Parece começo de carreira. Os primeiros 30 anos foram duros, mas fechamos com louvor. Vamos para a segunda parte”, diz.

Quando lembra de Hélcio, Nelson acredita que o velho amigo deve estar contente onde estiver. “Não teria coragem de jogar pá de cau em cima dessa banda sem saber se ela estava morta ou não. Acho que ele está feliz. Tinha medo que ele viesse puxar meu pé aqui se eu tomasse outro caminho. O trabalho dele está sendo preservado.” 




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