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A greve que parou o Brasil
Do Diário do Grande ABC
01/06/2018 | 10:03
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Artigo 

Há pelo menos dez dias o que se escuta e lê é a respeito da paralisação, seja de caminhoneiros, de petroleiros, de motoboys, de vans e até mesmo de universidades. O Brasil parou? Não, o País continuou. As empresas continuaram prestando seus serviços, as indústrias – que conseguiram insumos – continuaram a produzir. Nesses dias de paralisação o diferencial se fez para as empresas que investem em planejamento. Planejar seu estoque, suas vendas, suas compras e suas equipes, para, quando esse ‘caos’ passar, ainda possuir sobrevida. Sobrevida? Sim! Sobrevida. Nesses primeiros dez dias de paralisação dos caminhoneiros, a economia, que vinha se equilibrando e existia a meta de encerrar o ano positivo – em termos de crescimento econômico –, estagnou. Neste momento, as contas para os empresários são negativas – em todos os setores da economia.

As consequências da intolerância com a forma com que o governo conduz o País estão presentes em vários segmentos da sociedade. Essa paralisação demonstra o descaso do governo com um dos segmentos mais estratégicos para a Nação, afinal de contas, o Brasil é País sobre rodas e sofre as consequências da infraestrutura precária e de política de transporte arcaica, ineficiente e por demais onerosa para várias cadeias de negócio. Hoje, qual é o cenário que temos: 100% das cooperativas do Estado do Paraná paradas. Comércio reduziu em 80% as vendas. Indústrias decretando férias coletivas para os funcionários de produção. Estoque das indústrias acima do normal, por não poder escoar a produção. Combustível sendo escoltado até os postos. Supermercados apresentando baixa de estoque. Prejuízo na casa dos bilhões. Redução na arrecadação de impostos, muito acima do normal. E para quem sobrará tudo isso? Para nós, empresários e trabalhadores.

Depois de todos esses dias com as estradas paradas, cerceando o direito de ir e vir, cargas sendo perdidas, temos a notícia de fraco crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil no primeiro trimestre, crescendo apenas 0,4%. A previsão de crescimento para o ano era de 3%, no entanto, algumas empresas já dão o ano perdido, devido às perdas financeiras desses apenas dez dias. Não nego que os caminhoneiros pertencem a segmento que sofre a cada dia com a falta de habilidade do governo para lidar com situações como a desoneração da folha de pagamento, a tão desejada revisão tributária, a isenção das abusivas tarifas de pedágio pelo País afora e a falta de investimentos. Só deixa claro que continuaremos a ter setor de transporte muito aquém das necessidades. Infelizmente estamos sofrendo o reflexo de políticas que não funcionam há muito tempo.

Rui Rocha é sócio-fundador da empresa Partner Consulting do Brasil.

Palavra do leitor

Burocracia
Já se passaram sete meses da minha solicitação à Prefeitura de São Bernardo, protocolo 55.415, de 13 de outubro de 2017, da Rede Fácil, para a remoção ou substituição de árvore com risco de queda, além de acidentes a pedestres devido às raízes terem destruído parte da calçada. Da maneira como está nem refazer o passeio é possível. Estão esperando o quê? A árvore cair ou algum pedestre quebrar a perna para depois tomar alguma ação? Sobra burocracia e falta senso de urgência!
Walmir Ciosani
São Bernardo

Sem reeleição
Não temos sistema de Educação que funcione no Estado de São Paulo, o mais rico da federação! Não temos Segurança para nada! Os marginais têm mais direitos que os policiais e cidadãos honestos! O presidente ladra que tivemos preenchidos 800 novos postos de trabalho, sendo que há mais de 14 milhões de desempregados. Mas esse número pode ser o dobro. Vamos aguentar até quando? Não demorará e estaremos desabastecidos de todos os produtos nas prateleiras e em nossos armários. Povo, vamos reagir e pedir soluções! Vêm aí novas eleições! Não reeleja ninguém! Não acredito mais em promessas! Vamos para as ruas já!
José Eduardo Zago
Mauá

Frustração
Tenho 72 anos e estou totalmente decepcionada com a Prefeitura de Santo André. Eu e todos os idosos da cidade somos obrigados a entrar pela porta da frente dos ônibus municipais para termos o direito ao acesso gratuito. Além de ser incômodo, sobrecarrega os pobres motoristas, que têm de se certificar da autenticidade da identificação dos idosos! No dia 24 de março, foi publicado pela Prefeitura que o munícipe com mais de 65 anos teria livre acesso, não teria a obrigatoriedade de entrar pela frente e teria opção quanto às outras portas. Porém, os motoristas estão instruídos a apenas atender esses usuários pela porta da frente e não abrir nenhuma porta traseira. Isso atrapalha não somente os idosos, como os outros passageiros. O cartão BOM está dando certo. Por que o prefeito não usa a cabeça pelo menos uma vez na vida?
Neli Alves Borges
Santo André

Migração
Com a manchete ‘Até 70% dos pacientes da rede municipal são de cidades vizinhas’, este Diário (dia 27) toca em assunto muito importante, que é a migração de pacientes entre as cidades. É preciso ter bem claro que legalmente os municípios são obrigados a atender os casos de urgência e emergência, não importando a origem do usuário. O atendimento é obrigatório, inclusive para os estrangeiros. Também é importante lembrar que os portadores de planos de saúde podem utilizar os serviços do SUS (Sistema Único de Saúde) na sua totalidade. Mas sem dúvida isso acaba gerando problemas para os gestores, cujos serviços atendem mais não munícipes do que munícipes. Em curto prazo, só vejo uma saída para essa situação, qual seja, todo o atendimento prestado deveria ser ressarcido pelo município de origem do cidadão. Isso é possível anotando na ficha de atendimento o número do cartão SUS do usuário, possibilitando pedido de ressarcimento, que deveria ser encaminhado ao Ministério da Saúde, que se encarregaria do processo.
Roberto Canavezzi
São Caetano

Contribuição
Fachin vê razões para retorno da contribuição sindical obrigatória. Essa notícia nos dá a certeza do papel do STF (Supremo Tribunal Federal). O Congresso aprova e o STF desaprova. Até quando vamos viver nessa briga eterna de partidos que não querem ver a lei sendo cumprida e, sim, a instalação do caos e o poderio das esquerdas, tão desmoralizadas? Seria falta de trabalho do ministro, que, não tendo o que fazer, fica no vai e volta? Não há quem aguente tamanha preferência pela cor e não pela lei.
Izabel Avallone
Capital

Sem moral
Se existir grande risco de um ‘figurão’ ‘abrir o bico’ ao ser preso, como é o caso do senhor Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, (ex-diretor da Dersa), apontado como operador do PSDB, o habeas corpus sai rapidinho. Ele foi solto duas vezes pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes num curtíssimo espaço de tempo (Política, ontem). Assim fica difícil moralizar este País. Só para dizer o mínimo!
José Marques
Capital

Resposta
Em relação à carta do leitor Fernando Zucatelli (Festa salgada, ontem), a Paróquia Santo Antônio, em São Caetano, esclarece que em nenhuma de suas quase 40 quermesses praticou ‘preços abusivos’. Nos surpreendeu a carta do leitor, que já nos ajudou em eventos. Especialmente ao citar alguns preços que não correspondem com a tabela praticada. À exceção do vinho em garrafa, não há itens acima de R$ 8. A quermesse visa angariar fundos para a paróquia evangelizar e se manter. Para fazê-la precisamos comprar insumos, e que muitas vezes têm preços altos. Não abrimos mão da qualidade do que vendemos. Com respeito, discordamos do leitor quando disse que apenas ‘ricos’ a frequentam. Nossa quermesse é reconhecida pela acolhida e participação fraterna de todas as classes. Do contrário, não existiria há 40 anos, e, nos últimos, crescendo cada vez mais. Os voluntários, mais de 400, também acordam cedo para que a cada sábado e domingo os visitantes sejam recebidos da melhor forma. Lamentamos que o leitor tenha tido imagem que não condiz com a realidade. Pedimos que nos procure para esclarecermos fraternalmente. Paz e Bem.
Padre Adenízio Leonardo Miranda e comissão de festas 




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