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Passat 2001 é candidato a melhor Volks de todos os tempos
Helder Lima
Do Diário do Grande ABC
27/03/2001 | 18:10
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Em meio ao angustiante trânsito da marginal Pinheiros e ao riquíssimo cenário do Hotel Meliá, em São Paulo, a Volkswagen apresentou à imprensa, na quinta-feira passada, a linha 2001 do Passat alemão, modelo que é top da marca no mercado mundial.

O carro estará nas concessionárias em maio com duas versões de carroceria – sedã e perua (Variant) – e três de propulsores – 2.0 com câmbio automático, 1.8 turbo manual ou automático e 2.8 V6 automático. No caso da versão Variant, as opções de motores serão apenas duas: 1.8 turbo ou V6, ambas com transmissão automática Tiptronic.

Na Europa, o sedã médio-grande conta também com a motorização W8 (oito cilindros com disposição em “W”), inspirada em protótipos da Bugatti, marca que pertence à montadora alemã. Mas essa versão não virá ao país. O mercado de carros de luxo no Brasil é tão pequeno que não vale a pena para a montadora oferecer um produto com essa sofisticação.

A Volks planeja desovar 1,5 mil unidades do Passat neste ano em solo brasileiro. Uma ninharia, já que o carro que o consumidor pode comprar continua sendo o popular. Já no mercado mundial, o Passatão é um dos produtos que garante fôlego ao faturamento da marca. O modelo é o segundo maior em volume de produção, representando 14% do mix de ofertas da montadora. A maior participação fica com o Golf, que responde por 23% da gama. Os preços do família Passat vão variar de US$ 37,1 mil (1.8 turbo com câmbio manual) a US$ 56,8 mil (Variant V6 automática).

Para tirar as primeiras impressões do carro, o Diário rodou cerca de 50 km com a versão sedã V6, entre a marginal Pinheiros e a rodovia Raposo Tavares. Assim, as qualidades do modelo puderam ser avaliadas em dois momentos. Primeiro, no infernal anda-pára da marginal, em que a atenção do motorista se volta para o interior. O ar-condicionado digital não sofreu alteração em relação à versão anterior, até porque é um tanto quanto eficiente.

Mas o carro traz detalhes de acabamento que o tornaram mais confortável, a começar pelo descanso do braço – obrigatório em modelos de luxo –, que agora traz um prolongador e, portanto, ganhou maior funcionalidade. No painel, os mostradores receberam moldura cromada e o console central apresenta acabamento que imita fibra de carbono, dando um toque de sofisticação ao carro. Outros destaques do interior estão no bom espaço para os passageiros do banco traseiro e no revestimento em couro, que é de extremo bom gosto.

Entrando na Raposo, o Passat finalmente pôde mostrar as virtudes do propulsor V6 sob o capô. Com fôlego para aceleradas rápidas (de zero a 100 km/h em 9,3 segundos, de acordo com o fabricante), o modelo devorou o asfalto, correspondendo à expectativa lançada sobre sua linhagem de propulsores. Nas curvas, o carro mostrou-se estável, mas em tomadas mais radicais saiu um pouco de traseira, o que revela que a pilotagem esportiva não chega a ser o seu forte. Apesar desse problema de equilíbrio do conjunto, o Passat não pode ser considerado inseguro. O sistema de controle de tração ASR, equipamento de série da versão V6, pode compensar a tendência de saída de traseira.

O Passat V6 é equipado com bolsas infláveis frontais (air bags) e laterais (side bags). Este último equipamento é exclusividade da versão top. Entre os itens de segurança, traz também sistema eletrônico EBD, que distribui os esforços de frenagem nas rodas, e ABS (antitravamento). O modelo 1.8 turbo apresenta ainda o recurso EDL (antitravamento eletrônico do diferencial), que impede que uma das rodas de tração perca aderência em arrancadas.




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