Decidido a deixar de lado o lado cômico do Dr. Frasier Crane, personagem pelo qual Kelsey Grammer ficou conhecido nas simpáticas séries de sucesso 'Cheers' e 'Frasier', o ator parte para projeto completamente oposto. Agora ele busca apresentar ao público que também tem talento para o drama em 'Boss', que tem pré-estreia especial hoje, às 22h, no canal TNT. O programa terá exibição regular nas noites de quinta-feira, no mesmo horário, em versão dublada.

O jeito um tanto quanto bonachão de Grammer perde espaço para as rugas de preocupação (e, em muitos momento, de raiva) ao interpretar o prefeito Tom Kane, que comanda a cidade de Chicago. Logo de início o seriado mostra que as coisas não serão nada fáceis para o protagonista: sua médica particular revela que ele está com complicada doença neurológica degenerativa. Entre a tristeza sobre a notícia, o personagem precisa se mostrar forte em meio a diversas intrigas tipicamente políticas para a eleição do próximo governador do Estado, nas quais ele tem papel chave.

O programa promete enfoque na vida pessoal do ‘chefe', que parece ser bem mais triste do que seus eleitores pensam. Se as pessoas que o cercam pela cidade estão muito ocupadas pensando somente em seu próprio umbigo, talvez caiba à distante filha Emma (Hannah Ware) o único fio de esperança para que o pai dê mais atenção ao problema de saúde - cujos sintomas não param de aumentar com o passar dos episódios.

O ambiente político surge como um mal do qual Kane, possivelmente, não medirá esforços para deixar tão cedo. Até mesmo as cenas em seu gabinete parecem ressaltar isso, uma vez que há a presença de muitas sombras em cena.

Uma das principais apostas entre os dramas da última temporada, 'Boss' é criação do escritor iraniano Farhad Safinia, que faz sua estreia na televisão após dividir o roteiro do épico 'Apocalypto' (2006) com Mel Gibson. Nos bastidores, ele contará com a ajuda do cineasta Gus Van Sant, um dos produtores executivos da série (assim como Grammer) e que assina a direção do primeiro capítulo. O conjunto da obra prova que não será uma atração qualquer.