Economia Titulo Greve
Combustível acaba em postos da região por falta de fornecimento
Flavia Kurotori
Especial para o Diário
25/05/2018 | 07:25
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Nario Barbosa/DGABC


O temor acerca da falta de fornecimento de combustíveis gerou verdadeira ‘corrida’ aos postos. No Grande ABC, estabelecimentos já verificavam falta de etanol ou gasolina desde terça-feira à noite. Após esgotamento de ambos, cerca de 90% dos 400 postos das sete cidades encerraram o expediente no meio da tarde de ontem, diante da falta de previsão de reabastecimento, conforme o Regran (Sindicato do Comércio Varejista de Derivado de Petróleo do ABCDMRR).

“Os 10% (de estoque) restantes estão apenas com diesel. Se até amanhã (hoje) houver uma definição e a greve acabar, estimamos que o prejuízo será de 20% no faturamento do mês”, assegurou Wagner de Souza, presidente da entidade. As atividades só deverão ser normalizadas uma semana após o fim da greve, que chegou à região na terça-feira.

Durante todo o dia, a população formou filas que duravam mais de 30 minutos para encher o tanque. O Diário visitou cinco postos da região, sendo dois em supermercados e três de rua. Destes, três ainda contavam com apenas um tipo de combustível.

“Já é o quinto posto que eu tento abastecer, os outros estavam com as bombas zeradas”, contou a empresária Nataly Casado da Silva, 27 anos. “Preciso ficar na fila para garantir o combustível para ir trabalhar, senão, como vou?”, completou Thiago Luciano, 37, funcionário público.

Ainda que a falta de combustíveis seja reflexo da paralisação dos caminhoneiros, os motoristas defendem o movimento. “O diesel é essencial e não poderia aumentar porque move toda cadeia, impacta até nos preços dos alimentos”, exemplificou o gerente de projetos Sílvio Gatti, 49. “Essa greve é digna, o País precisa acordar”, defendeu o comerciante José Luiz Manochio, 63. “Não me importo de ficar sem carro para apoiá-los”, afirmou Paulo Iyzohub, 41, técnico em eletrônica.

(Colaborou Kelly Zucatelli)
 




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