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Trabalhadores da Scania aprovam acordo coletivo

Na Mercedes-Benz, os 7.800 colaboradores seguem paralisados pelo quinto dia seguido

Da Redação
18/05/2018 | 07:20
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Os trabalhadores da Scania, em São Bernardo, aprovaram ontem, em assembleia realizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, as cláusulas econômicas do acordo coletivo com validade de dois anos.

A proposta aprovada garante reposição salarial pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) na data base (setembro), aumento real de 2% a partir de janeiro de 2019 e PLR (Participação nos Lucros e Resultados), cujo valor não foi revelado, paga em duas parcelas (junho e janeiro).

Para 2019, os pagamentos seguem o mesmo calendário. A negociação garantiu também vale-compras mensal a partir da data base deste ano. O acordo termina em janeiro de 2020, com o pagamento da segunda parcela da PLR.

“Conseguimos, nessa negociação, recuperar as perdas dos últimos anos, principalmente 2015 e 2016, quando tivemos de fazer negociações abaixo da inflação. Naquele momento, os trabalhadores entenderam a situação. Agora é o momento de recuperar”, avaliou Regis Guedes, coordenador do comitê sindical na Scania.

O diretor executivo do sindicato e trabalhador na montadora, Carlos Caramelo, lembrou que “o momento vivido hoje na fábrica é resultado de negociações anteriores, que visaram novos investimentos, vinda de produtos e garantias de exportação, construídas a partir da mobilização dos trabalhadores”.

A fábrica de São Bernardo é a única planta da Scania no Brasil. A empresa produz caminhões, chassis para ônibus e motores para geradores. Atualmente, conta com 4.200 funcionários.

MERCEDES - Os 7.800 colaboradores da Mercedes-Benz seguem com os braços cruzados pelo quinto dia consecutivo. O motivo é a campanha salarial por acordo coletivo que atenda às reivindicações de reajuste salarial, PLR e cláusulas sociais. A data base da categoria foi em 1º de maio.

Em assembleia realizada na terça-feira foi informado aos metalúrgicos que a empresa apresentou duas propostas, mas que nenhuma delas atendia à pauta dos trabalhadores e foi rejeitada na mesa de negociação.

Uma delas era não aplicar o INPC, com um abono de R$ 3.500. A outra previa reposição integral do INPC para salários de até R$ 10 mil e abono de R$ 500, mas com redução de 4% na jornada e nos salários dos mensalistas (setor administrativo) por 12 meses. 




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