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PMDB tenta conter dissidentes que negam apoio à ex-ministra
08/06/2010 | 07:54
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O fim da regra da verticalização, que obrigava os partidos a reproduzir o modelo da aliança nacional em todo o País, minou a força das direções partidárias, que não conseguem impor a fidelidade aos Estados. Diante das dificuldades para fechar o apoio dos diretórios estaduais à chapa presidencial, os partidos tentam driblar a falta de comando criando um regulamento para as traições.

Que o diga o PMDB do deputado Michel Temer (SP). O partido não é o único que amarga rebeliões em regionais que disputam o poder local com o PT da candidata Dilma. Também há problemas no PDT, PP e PTB.

Mas, na condição de maior partido da base governista com estrutura em todo o Brasil, o PMDB saiu na frente. É o primeiro a deflagrar operação política para conter dissidentes que recusam apoio à chapa presidencial encabeçada pela petista, mesmo com Temer no posto de vice.

"Iniciei um trabalho de consulta aos diretórios estaduais para saber da possibilidade de promovermos convenção nacional festiva, no dia 12, em que todos compareçam", revela o deputado Eliseu Padilha, ele próprio representante de regional problema: o PMDB do Rio Grande do Sul, que vive às turras com o PT e não quer nem ouvir falar na candidatura Dilma.

Ao fim do levantamento, ele levará a Temer as alternativas sugeridas por cada Estado para contornar o problema. Nas conversas preliminares, o presidente do PMDB já avisou aos líderes regionais que respeitará todas as decisões estaduais. Fez apenas um apelo: que não façam propaganda nos espaços institucionais do partido contra Dilma e o vice que preside o partido.

Como o objetivo maior é reduzir o impacto das traições, o alvo da operação é o palanque eletrônico. Em resumo, trair nos comícios, pode; no programa eleitoral no rádio e na TV, não pode.




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