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EUA lideram no mundo a venda de armas e as mortes por tiros
Do Diário do Grande ABC
01/05/1999 | 17:45
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Os EUA sao número um do mundo em número de habitantes que possuem armas e em mortes ocorridas por causa de tiros, entre uma lista de países mais industrializados, segundo uma organizaçao que luta contra a proliferaçao de armas sediada no Colorado.

Os americanos possuem mais de 250 milhoes de armas de fogo, e em 95 ocorreram 35 mil e 563 mortes por causa de ferimentos por tiros no país, incluindo 15 mil e 835 homicídios, 18 mil e 503 suicídios e mil e 225 acidentes fatais, mostra o relatório da 'Coalizao Contra a Violência Armada do Colorado'. A Alemanha ficou num distante segundo lugar neste mesmo período, com mil e 197 mortes por tiros, sendo que 168 homicídios, mil e quatro suicídios e 25 acidentes fatais.

Em 94, nas últimas estatísticas da coalizao para este país, o Canadá registrou mil e 189 mortes por tiros, seguido da Austrália com 536, Espanha com 396 e da Inglaterra com 277.

Num espactro mais amplo, o Vietna registrou 131 mortes por tiros em 95 e o Japao, no final desta lista de países pesquisados, registrou só 93 mortes por este mesmo motivo, diz a Ong.

O número de mortes relacionadas com armas de fogo entre crianças com menos de 15 anos é 12 vêzes maior nos EUA do que em outros 25 países industrializados juntos, ressaltou a coalizao. Para cada arma comprada com fim de 'defesa pessoal' nos Estados Unidos, ocorreram quatro tiroteios nao intencionais, sete crimes entre assaltos e homicídios e 11 tentativas de suicídio ou suicídios consumados, acrescenta o relatório da Ong contra armas do Colorado.

Várias comunidades dos Estados Unidos começam a realizar um movimento político contra as armas similar ao que já está em curso contra o cigarro.

Na sexta-feira, Saint Louis se tornou a quinta cidade do país a processar as fábricas de armas e seus distribuidores por danos e perdas. No processo, a cidade acusa também os fabricantes e distribuidores por negligência no desenho das armas e vendas irregulares.

A açao frisa que o fracasso da indústria na colocaçao de travas nas armas é um ato de negligência que eleva os custos nos serviços médicos e policiais custeados pelo Estado. Os fabricantes de armas se defendem alegando que nao podem ser responsabilizados pelo modo com que as pessoas empregam estas armas.

Nova Orleans foi a primeira cidade dos Estados Unidos a processar a indústria de armas, em outubro passado. Duas semanas depois, Chicago iniciou outra açao judicial, sendo seguida por Miami na Flórida e Bridgeport em Connecticut.




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