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Sem acordo com o governo, auditores do SUS mantêm greve
Do Diário OnLine
Com Agência Brasil
20/05/2005 | 18:28
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Os auditores do Denasus (Departamento Nacional de Auditoria do SUS), em greve desde o dia 25 de abril, ainda não fizeram acordo com o governo. Nesta quinta-feira, a presidente da Unasus (União Nacional dos Auditores do Sistema Único de Saúde), Jovita José Rosa, reuniu-se com parlamentares de Goiânia (GO), pedindo que façam pressão para que o governo agilize as negociações. "Não houve até agora nenhum canal de negociação ou proposta por parte do governo", disse ela.

Os servidores reivindicam a criação da carreira de auditor em saúde – que só pode ser feita por meio de lei – e melhores salários. A maioria dos auditores tem nível superior, mas seus salários equivalem ao do nível médio, ou seja, cerca de R$ 2 mil mensais. Eles pedem que o aumento se aproxime dos R$ 4 mil.

Segundo Jovita, o Sindprev (Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social) apóia a greve do Denasus. O diretor do Sindprevi da Bahia, Evilásio Pereira, diz que o sindicato tenta, ao lado dos servidores grevistas, negociar com o ministro da Saúde, Humberto Costa, para que as reivindicações sejam atendidas. "Colocamos faixas sinalizando a greve na unidade do Denasus da Bahia e estamos esperando uma resposta do governo", disse.

De acordo com o diretor da Denasus, Paulo Sérgio Nunes, o Ministério da Saúde enviou um projeto de lei ao Ministério do Planejamento para que avalie a questão orçamentária da gratificação. "Pedimos também a criação de 600 novas vagas para realização de concurso público para recomposição do quadro", disse Nunes, acrescentando que a Denasus deve discutir o projeto em uma reunião com o secretário executivo do Ministério do Planejamento, Nelson Machado, a ser definida para a próxima semana.

A paralisação dos servidores do Denasus impede, por exemplo, atividades como a fiscalização do uso de dinheiro público na compra de medicamentos e equipamentos. "Quando não há fiscalização dos auditores, o risco de fraude é maior. É um processo que só traz prejuízos para o governo e para o estado", reforçou Nunes.




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