O edifício de 24 andares desabou durante um incêndio de grandes proporções no Largo do Paissandu, no centro de SP. Outro imóvel e uma igreja também foram afetados. No dia 10 de março, a secretaria cadastrou cerca de 150 famílias, com 400 pessoas, ocupantes do prédio. Desse total, 25% são famílias estrangeiras. Esse cadastro foi realizado para identificar a quantidade de famílias, o grau de vulnerabilidade social e a necessidade de encaminhamento das famílias à rede socioassistencial.
Segundo o secretário municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, Filipe Sabará, os moradores estão recebendo alimentação e água e serão encaminhados a centro de acolhida na Barra Funda, zona oeste da cidade. De lá, serão redistribuídos para outros espaços da cidade. "Estamos cadastrando as pessoas que nos buscam e pessoas também que nós fomos atrás." Ele garantiu que "todo o suporte será dado".
Uma força-tarefa de engenheiros e técnicos da Defesa Civil está no local para avaliar os danos causados aos imóveis vizinhos ao prédio que desabou. A CET organiza os bloqueios de trânsito na região. Às 16h, a companhia informará o esquema de interdição que funcionará a partir de amanhã.
A Secretaria Municipal de Habitação criou em 2017 um Núcleo de Mediação de Conflitos que monitora 206 ocupações em toda a cidade com cerca de 46 mil famílias. Desse total, 25% da atuação do grupo ocorre em ocupações na região central, com 3.500 famílias. Para essas ocupações, o grupo atua no sentido de buscar uma solução conciliada com a desocupação voluntária e sem confronto.
A Prefeitura de São Paulo estima em cerca de 70 prédios ocupados na região central com aproximadamente 4 mil famílias. Trata-se de uma estimativa uma vez que em sua maioria são prédios particulares. Nesses casos, cabe ao proprietário ações junto à justiça e às lideranças da ocupação.
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