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Celebraçoes mundiais marcarao Dia Internacional da Mulher
Do Diário do Grande ABC
07/03/2000 | 14:35
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O Dia Internacional da Mulher, celebrado esta quarta-feira, será comemorado no mundo todo com marchas pela paz e pela pobreza , conferências sobre a violência sexual e as mulheres no mercado de trabalho.

Em Paris, as mulheres depositarao flores em memória da ``mulher do soldado desconhecido' e batizarao novamente a Esplanada dos Direitos do Homem.

Numerosas passeatas estao programadas, em particular em Genebra, com a partida da ``marcha mundial das mulheres contra a pobreza e contra a violência'. Esta marcha mundial será lançada simultaneamente em Montreal.

Serao realizadas manifestaçoes na Etiópia, Turquia e na Bélgica, em Tóquio e Bangcoc, assim como na República Checa.

Na Espanha, as mulheres farao manifestaçao contra a violência, enquanto no Marrocos denunciarao ``a política econômica dos países ricos em relaçao aos pobres'.

Em Atenas, as feministas farao manifestaçao ante a empresa de telecomunicaçoes, que pôs em circulaçao um cartao telefônico com conselhos contra o aborto. Em Kinshasa, as mulheres pedirao a paz. Em Manila, exigirao a demissao do presidente Joseph Estrada.

Alguns governos aproveitarao a data para tentar corrigir desigualdades de que as mulheres sao vítimas.

Por exemplo, o presidente do Azerbaijao (antiga república soviética do Cáucaso de populaçao de maioria muçulmana), Gueidar Aliev, assinou nesta terça-feira um decreto que ``reforça o papel das mulheres'.

Na Gra-Bretanha, o ministério do Interior lançará uma campanha de luta contra a violência doméstica. Na França, o Parlamento analisará esta semana um projeto de lei sobre a igualdade profissional entre homens e mulheres.

A Austria, que acabou com o ministério da Condiçao Feminina com a chegada ao governo da coalizao dos conservadores e da extrema-direita, tem a intençao de celebrar as mulheres apenas em abril.

Alguns países e meios de comunicaçao responderao ao apelo da Unesco com o lema ``as mulheres fazem a informaçao'. Na Jordânia, as mulheres ocuparao, por um dia, os postos de direçao da agência oficial Petra e da televisao Estatal. Em Portugal, o diário esportivo Recorde, que conta com apenas dez mulheres entre seus 64 jornalistas, deixará uma delas dirigir a redaçao nesse dia.

Numerosas conferências e debates figuram também nos programas: ``mulheres portadoras da paz' em Genebra, ``mulheres na imigraçao' em Bruxelas, ``fórum da mulher produtiva' na Tunísia, ``convençao nacional de mulheres' em Islamabad ou ``conferência sobre a violência sexual' em Helsinque.

Na Itália, estao previstos ao longo de todo o mês de março encontros com escritoras, artistas e cientistas, como a prêmio Nobel de Medicina Rita Levi Montalcini ou a astrofísica Margherita Hack.

Encontros com ``mulheres da elite' estao programados no Vietna, enquanto na Alemanha se prestará homenagem a Clara Zetkin, que reivindicou no princípio do século a jornada de trabalho de oito horas para as mulheres.

Em Varsóvia, as feministas organizam ``happenings' com lemas como ``a versao polonesa de Lara Croft'.

Em Belgrado, a celebraçao do 8 de março perdeu o fausto de antes, em razao da guerra e do isolamento internacional, para ficar reduzida a manifestaçoes isoladas: um estúdio fotográfico vai tirar retratos gratuitos de mulher, prevendo prêmios para ``o olhar mais romântico', ``o chapéu mais extravagante' ou ``o sorriso mais enigmático'.




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