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Pintassilgo tem processo de urbanização retomado

Prefeitura de Santo André assina contrato para elaboração de projeto de contenções da área

Por Daniel Macário
Do Diário do Grande ABC
01/05/2018 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


 Após inúmeras promessas não cumpridas ao longo dos anos, o processo de urbanização do núcleo Pintassilgo, comunidade carente próxima ao Parque do Pedroso e às margens da Represa Billings, em Santo André, finalmente dá sinais de que será iniciado. Acordo firmado pela administração andreense, na semana passada, autoriza a elaboração do último projeto executivo pendente para a realização de melhorias no assentamento.

De acordo com a Prefeitura, a contratação feita pela administração tem como objetivo a elaboração do projeto executivo de contenções a serem realizadas na área (consolidação geotécnica) e elaboração do orçamento do lote a ser urbanizado.

Ambas as ações, segundo o Paço, vêm complementar “o projeto, para que seja possível buscar recursos junto aos governos federal e estadual, e assim realizar a obra de urbanização integral da área”.

Atualmente, 1.452 famílias que residem no Pintassilgo estão cadastradas para serem contempladas com o projeto, sendo que aproximadamente 652 estão em alguma área de risco no lote.

Do montante total, cerca de 1.366 famílias devem ser removidas. Além disso, a proposta é recuperar as unidades de conservação ambiental do Parque do Pedroso e da Represa Billings.

O investimento, conforme a Prefeitura, ainda não está definido, “já que há a necessidade do orçamento contratado nesta nova licitação”. A previsão inicial, contudo, era a de que fossem investidos R$ 140 milhões.

Anunciada em 2011 pelo ex-prefeito Aidan Ravin (Podemos), a urbanização do núcleo é antiga reivindicação de quem vive na área. As ações previstas no projeto são citadas pelos moradores como necessárias para a melhoria das condições de vida da comunidade.

“Para se ter uma ideia, hoje os ônibus escolares sequer passam no bairro por conta da falta de infraestrutura. Fora isso, temos problemas de falta de saneamento básico e até de iluminação nas ruas”, relata a dona de casa Camila Regina Pereira, 30 anos.

Moradora do núcleo há quase 25 anos, a dona de casa Maria Ozana Santos, 67, é uma das que mais lutam pela efetivação do processo de melhorias no bairro. “A nossa situação já foi bem pior, mas ainda não temos dignidade. Só queremos o básico. Uma comunidade onde nossas crianças possam brincar de forma tranquila e que tenha pelo menos esgoto tratado”, frisa.

De acordo com a Prefeitura de Santo André, o início do processo de urbanização do bairro “se dará quando os projetos (contratados no mês passado) estiverem concluídos para seguir a captação de recursos e, por consequência, o início efetivo das obras”.

 




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